A informação e as diferentes medidas tomadas pelos vários países na União Europeia são diferentes e, em muitos casos, contraditórias. Isto demonstra a falta de coordenação efectiva e também a falta de um forte compromisso de solidariedade na Europa.
Esta crise é excepionalmente severa, de magnitude inesperada e sem precedentes. No entanto, pode a EU ainda salvar vidas através da informação e da União conseguir uma maior presença e capacidade de rapidamente, e de forma efectiva, responder às várias situações que afectam a saúde, as empresas e o emprego, que todos estamos enfrentando agora e no futuro próximo.
Uma coisa parece ser certa que em ordem a preparar para enfrentar esta e outras catástrofes, preservar e consolidar o estado social europeu, a cultura e a forma de compreender e viver a democracia, é necessário uma Europa unida, forte, respeitada, e capaz de fazer ouvir a sua voz no palco internacional.
Recentemente a Alemanha e a França e também Portugal lançaram um plano de recuperação económica e de apoio às empresas, ao emprego e trabalhadores. . Estas iniciativas são passos na direcção certa, pois derrubam barreiras e por isso indicam o caminho para uma maior solidariedade e um forte compromisso de união, em contraste com alguns populismos visíveis em alguns países europeus.
Um maior compromisso europeu de natureza unificadora certamente provocará reacções diversas em alguns países e assim clarificando os seus verdadeiros valores em relação aos valores inscritos no Tratado Europeu. Deve dizer-se que a presidência alemã da EU tem sido decisiva para o futuro da Europa, na tomada de medidas unificadoras e de ajuda financeira aos países mais pobres.
Em qualquer caso, depois da crise e bem assim das dramáticas consequências para as pessoas, empresas e instituições sociais que ainda necessitam de respostas específicas, o que apenas terá se for feita uma análise profunda de como as nossas instituições europeias funcionam. Por exemplo, o Conselho Europeu e o PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento). Necessitamos também de relançar a discussão sobre as várias opções de orientação da União Europeia (EUROGRUPO e das organizações e intervenções, em particular a eliminação da proposta da EU Circulo-concêntrica, a qual é chamada de Europa a duas velocidades por aqueles que estão bloqueando o progresso em direcção a políticas mais integradoras. Veja-se os bloqueios que alguns países fizeram durante vários meses no Conselho Europeu sobre a necessidade de contrair um empréstimo financeiro perante o qual a EU no seu conjunto assumia a dívida e não os Estados Membros individualmente, posição que, felizmente a presidência alemã conseguiu desbloquear e conseguiu a unanimidade para o empréstimo financeiro de apoio aos efeitos da pandemia suportado pela EU e não pelos Estados membros individualmente.
Esperemos que a presidência portuguesa que se segue (Janeiro-Junho 2021) consiga criar programas de redução efectiva da pobreza na EU (são cerca de duzentos milhões) e organizar um programa inovador e credível que torne a EU mais respeitada pelos europeus através do apoio social e criação de emprego e do apoio eficaz às pessoas em situação de sem-abrigo.
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