S. MIGUEL, BRAGA E GUIMARÃES

Associações de paralisia cerebral apostam na criação de novos espaços e de mais respostas

As associações de paralisia cerebral de São Miguel (Açores), Braga e Guimarães começaram o ano de 2021 com a concretização de novos espaços físicos.
No passado dia 17 de fevereiro, em São Miguel, arquipélago dos Açores, a direção da instituição local procedeu a uma visita à obra de construção do Centro de Paralisia Cerebral.
“Muito orgulho e esperança no futuro”, afirmou Teresa Mano da Costa, da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel, lembrando que se trata de um projeto que “irá mudar muitas vidas em breve”. 
O investimento é superior a três milhões de euros, terá a sua conclusão em abril de 2022 e agrupa um Lar Residencial, apoio em regime ambulatório, Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), Centro de Atividades de Tempos Livres e Intervenção Precoce, um conjunto de valências que se prevê venha a abranger um total de 107 utentes.
Dois dias depois de São Miguel, foi Braga que anunciou a abertura da nova sede da instituição, promovendo uma visita guiada às obras em curso. A data prevista para conclusão da intervenção aponta para o final de 2021, não sendo ainda certo se a obra ficará concluída em setembro ou outubro.
O novo edifício da Associação de Paralisia Cerebral de Braga (APCB), em construção em Amares, permitirá criar um lar (com capacidade para 30 camas) e aumentar a capacidade do CAO (de 16 para 30 utentes). No novo espaço existirão também serviços de fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional, assim como hipoterapia (num “picadeiro” que já está a funcionar desde julho de 2020). O edifício terá também piscina (para fins terapêuticos) e um ginásio.
Segundo Luís Gonçalves, presidente da Direção da APCB, a obra representa um investimento total superior a quatro milhões de euros.
No dia 23 de fevereiro, na cidade-Berço, foi lançada a primeira pedra da obra de ampliação da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães (APCG). Coube a Domingos Bragança, presidente da autarquia, assinalar o momento simbólico que prevê o aumento das respostas sociais da instituição local.
Joaquim Oliveira, responsável da APCG, sublinhou a “necessidade da obra, pois vai permitir dar uma resposta substancial a utentes que estão em lista de espera”.
Com a ampliação da estrutura, a APCG vai registar um aumento de 30 lugares no Centro de Atividades Ocupacionais e mais 24 camas na valência de Lar, o que, em termos práticos, se traduz na duplicação da atual capacidade. A obra tem um orçamento de 1,3 milhões de euros e conta com o apoio do programa Norte 2020.
Abílio Cunha, presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC), assinala com “inegável satisfação” este conjunto de obras a serem desenvolvidas.
“Mesmo em tempos difíceis há que realçar a coragem de se querer fazer algo, criando um conjunto de equipamentos que irão, certamente, melhorar a qualidade vida pessoas com paralisia cerebral e aumentando valências e abrangência de intervenção”, refere, não deixando, ainda assim, de lamentar a ausência de respostas formais a outros projetos que algumas associadas pretendem realizar: “Tenho conhecimento que há mais associações de paralisia cerebral no país que se candidataram a obras apoiadas pelo programa PARES. Infelizmente, ainda não se tem conhecimento dos resultados de tais candidaturas, facto que desde já lamento...”.

 

Data de introdução: 2021-03-10



















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