POUPANÇA DE DESPESAS DE ENERGIA

Soluções sem investimento

As questões do ambiente e da energia estão cada vez mais na ordem do dia. As notícias recentes dos cientistas que analisam as alterações climáticas são alarmantes.
Fumos de incêndios da Sibéria a chegarem ao Polo Norte e temperaturas de 50 graus em certas partes do Mundo, com incêndios incontroláveis são sinais de grande preocupação.
Nas IPSS, como nas nossas casas, bem como nas empresas em geral, em cada dia temos que pensar em soluções que descartem progressivamente os combustíveis fósseis. Até nos meios de transporte os incentivos ao uso de carros elétricos crescem a cada dia.
As empresas que trabalham com soluções energéticas têm, nos últimos tempos, criado mecanismos muito interessantes para as nossas instituições aproveitarem.
A CNIS tem o seu papel de informar e de dinamizar a divulgação de boas práticas, através das quais se reduzam despesas, se poupa energia e que nos coloquemos na agenda da transição para outros paradigmas ambientais.
A legislação recente facilita e estimula todas estas novas atitudes. E os avisos das CCDR para candidaturas neste âmbito confirmam uma orientação geral para a qual temos que estar atentos.
Os fundos do PRR e do Portugal 2030, provenientes das políticas europeias são mais uma excelente oportunidade a não perder. Em alguns casos de projetos de eficiência energética as IPSS poderão ter que investir, mas sempre com a garantia de forte comparticipação pública.
Mas em muitos outros casos, existem soluções em que empresas especializadas fazem todo o investimento e é a poupança gerada que lhes paga. Ficando no imediato as IPPS em causa com parte dessa poupança e com uma faturação e um consumo muito inferior no final dos contratos.
Assim é nos sistemas de produção de energia a partir dos painéis solares que aproveitam telhados e terrenos, bem como nos sistemas de aquecimento de águas para cozinhas e para banhos, ou ainda na distribuição de energia pelas valências e famílias vulneráveis através das designadas Comunidades de Energia Renovável, CER. E também na mudança de lâmpadas de sódio e de mercúrio para LEDS.
Exemplos não faltam e muitos mais se podem replicar.
Na mudança de luminárias e na produção de energia em telhados tem-se destacado a cooperativa Copérnico que associada ao fundo Go Parity fez contratos com várias instituições.
Nos sistemas de aquecimento de águas, existem abundantes soluções a biomassa ou então com equipamentos Solvis, com garantias de redução de cerca de 30% na faturação e sem investimento nenhum da IPSS. A empresa BIOHOT e o seu grupo vêm praticando neste sentido há muito.
A simples disponibilização de telhados para produção de energia solar, tem levado a EDP a contactar sucessivas instituições, com a ajuda de um protocolo assinado com a CNIS exatamente para atestar a nossa vontade para a evolução desta prática, com a inerente redução de despesas.
Neste contexto, várias outras empresas atuam. Temos um bom exemplo gerado por um protocolo da União das IPSS de Setúbal com a empresa Shining, com o qual se vão disseminando boas práticas naquela região.
E mais recentemente, com a legislação de 2019, toda a filosofia de produção de energia se abriu a modelos mais fáceis. As comunidades de energia renovável são uma solução magnifica que pode partir de telhados de IPSS ou de edifícios municipais e fazer chegar a energia renovável a vários equipamentos e famílias nos arredores. Neste campo são interessantes as propostas da empresa AMENER e das Agências Regionais de Energia.
Estas simples notas servem apenas para chamar a atenção para outras soluções, diferentes das tradicionais e com vantagens diretamente na faturação e na nossa postura perante uma nova atitude ambiental.
As empresas referidas neste apontamento a título de mero exemplo não são exclusivas e várias outras oferecem condições semelhantes. Quanto maior for a concorrência melhor para todos nós.
Temos em cada instituição e em cada valência que fazer de imediato algo. Todos sabemos que os combustíveis tradicionais sobem de preço todos os dias. A fatura do gás e da bomba de gasóleo estão sempre a aumentar se nada se fizer. E temos tantas soluções melhores e mais baratas.
Há que meter mãos á obra e não hesitar.
Pelos contactos da CNIS ou até pelo email macario.correia@sapo.pt fico ao vosso dispor no que possa ajudar com qualquer informação que seja útil para novos projetos e novas poupanças.

José Macário Correia
(Membro da Direção da CNIS)

 

Data de introdução: 2021-09-08



















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