No próximo dia 1 de outubro, a União Distrital das IPSS de Castelo Branco assinala 20 anos de serviço em prol das instituições associadas. Maria de Lurdes Pombo, presidente da Direção, em resposta ao SOLIDARIEDADE, assume como grande propósito da ação da União constituir-se como a “principal organização do Sector Social no distrito” albicastrense. Atualmente, a União congrega 90 instituições, quase a totalidade das existentes no distrito. Combater o abstencionismo das associadas às Assembleias Gerais levou a União a descentralizar as mesmas, o que tem ajudado bastante na resolução de alguns problemas concretos dos concelhos em que reuniões magnas se realizam, uma vez que o respetivo edil é sempre convidado. Sobre o futuro… há eleições no horizonte próximo.
SOLIDARIEDADE - Quais os principais marcos nestes 20 anos de história da União Distrital?
Maria de Lurdes Pombo - A UDIPSS Castelo Branco teve e continua a ter a pretensão de se constituir como a principal organização do Sector Social no distrito de Castelo Branco como representante de quase todas as IPSS. Atualmente tem 90 associadas e podemos afirmar que existem poucas IPSS do distrito que não sejam associadas da União. Também tem procurado que nos órgãos sociais da União estejam representados a maioria dos concelhos do distrito, para que exista uma cobertura mais próxima das associadas. A articulação que tem sido efetuada, quer com as autarquias, quer com o Centro Distrital de Segurança Social, principal parceiro, tem-se revelado uma mais-valia.
Que balanço faz do legado que recebeu dos seus antecessores?
A história destes 20 anos da UDIPSS Castelo Branco, obviamente, está ligada a algumas personalidades que incorporaram a génese da União, como seja o engenheiro Vítor Rechena, que foi presidente da Direção nos primeiros dois mandatos, o senhor César Fatela, que foi presidente da Assembleia Geral nos três primeiros mandatos, e o senhor Padre Sanches e senhor Artur Fazenda, que integraram desde o início e até hoje os órgãos sociais. Foram estes, sem desprimor para outros, os que entendemos serem salientados. Inicialmente, a UDIPSS esteve sediada na cidade da Covilhã (na Casa do Menino Jesus) e desde 2009, mais precisamente a partir de 23 de abril, na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Castelo Branco, na capital de distrito. Temos de salientar que o maior legado dos nossos antecessores foi a divulgação e angariação dos primeiros associados. Eles partiram, praticamente, do zero e hoje temos no distrito 90 associadas, desde instituições com um número reduzido de utentes a instituições com maior dimensão e ainda muitas instituições com todas as respostas sociais, desde a creche às ERPI. De uma maneira geral todas reconhecem o papel importante que a União tem, pois sabem que podem sempre contar com o apoio da UDIPSS. Também temos que salientar o bom ambiente que tem sempre existido nos vários mandatos dos órgãos sociais até aos dias de hoje, assim como o bom relacionamento que temos sempre mantido com a CNIS.
Quais têm sido os maiores obstáculos à ação da União Distrital?
Ao longo dos 20 anos existiram algumas dificuldades que tentámos ultrapassar. Uma das maiores é a participação das associadas nas Assembleias Gerais. Para as sensibilizar, ao longo destes últimos três mandatos, avançámos com a realização de reuniões descentralizadas nos concelhos, sendo sempre convidado o presidente da Câmara Municipal e podemos afirmar que se conseguiram resolver in loco algumas situações com as IPSS desses concelhos. Estas reuniões descentralizadas foram muito importantes para a União e para as associadas. Nas instituições mais pequenas, ao sentirmos que tinham dificuldades de apoios técnicos especializados, tentámos ultrapassar estas dificuldades com o apoio dos colaboradores da UDIPSS e realizámos uma avença com um advogado para apoio jurídico. Nestes últimos dois anos, face à pandemia, houve um grande apoio às associadas não só na distribuição de EPI, mas também na ligação a todas as autarquias e Unidades Locais de Saúde.
Quais os grandes desafios para a UDIPSS no presente e, em especial, no futuro?
Presentemente, a União quer continuar a manter uma boa relação, em primeiro lugar, com todas as associadas, prestando-lhe todo o apoio possível, e depois com o Centro Distrital de Segurança Social e com a CNIS, bem como com todos os nossos parceiros. Não podemos excluir também o bom relacionamento que a União tem com todas as Câmaras Municipais dos concelhos do distrito. Continuar a honrar os nossos compromissos financeiros e, para tal, continuar a ter uma boa gestão. Os órgãos sociais da UDIPSS estão praticamente a terminar o seu mandato, pelo que não poderão pronunciar-se muito sobre o futuro, porque isso depende dos órgãos sociais que vierem a ser eleitos.
Como caracteriza a relação da UDIPSS Castelo Branco com as IPSS associadas?
Hoje na relação com as nossas associadas as novas tecnologias são uma ferramenta essencial, na formação e na comunicação, mas também os conhecimentos dos elementos dos órgãos sociais, em particular da Direção, tornam os contactos mais personalizados, o que é evidenciado pelas associadas.
Pensam celebrar o 20º aniversário de alguma forma particular?
A UDIPSS de Castelo Branco vai celebrar o seu 20º aniversário no dia 1 de outubro. De momento, ainda estamos a concluir o programa.
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