ELEUTÉRIO ALVES, ORGANIZADOR DA XV FESTA DA SOLIDARIEDADE

É uma chamada de atenção para o sector social solidário

A cidade de Viana do Castelo será no dia 24 de setembro de 2022 a anfitriã da XV FESTA DA SOLIDARIEDADE. A anteceder esta Festa, a CHAMA DA SOLIDARIEDADE vai percorrer, entre os dias 21 e 24, todos os concelhos deste distrito.
Eleutério Alves, vice-presidente da CNIS, tem sido o responsável máximo por esta iniciativa que já conta com 14 edições.

SOLIDARIEDADE - A XV Festa da Solidariedade vai ser em Viana do Castelo. Que razões estiveram na origem da escolha deste concelho?
ELEUTÉRIO ALVES - A Festa e a Chama da Solidariedade são dois eventos culturais, interligados e anuais que a CNIS vem promovendo desde o ano de 2007 em parceria com as Uniões Distritais associadas da CNIS. Tem percorrido o país, e digo o país porque cada ano é realizada em distritos diferente, e já teve lugar nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Em 2022 havia apenas seis distritos onde a Festa ainda não teve lugar. A direção da CNIS auscultou os distritos em causa sobre o interesse e a vontade de coorganizar a Festa deste ano e a União Distrital de Viana do Castelo manifestou essa disponibilidade. Para o ano será outro distrito a receber o evento.

Qual é o modelo desta Festa?
A Festa tem um formato base que contempla uma manhã com animação em palco e, ao início da tarde, um momento institucional com intervenções de diferentes responsáveis institucionais onde se incluem a CNIS, a União das IPSS distrital, a Câmara Municipal e o Governo. Este momento para além das intervenções inclui a chegada da Chama ao local da Festa e o acender da pira que vai permanecer acesa ao longo de todo o dia.  Após esta cerimónia a festa continua pela tarde fora com mais animação em palco. A animação será desenvolvida por grupos de IPSS locais e de muitas outras, que se deslocam de todo o país para participar, e artistas convidados que gratuitamente se disponibilizaram para nos brindar com o melhor que a música portuguesa tem. Em paralelo e no mesmo local as IPSS terão um espaço e condições para promoverem os seus interesses e dar a conhecer a todos os presentes as boas-práticas de cada uma, seja na prestação de serviços, no artesanato, na gastronomia, enfim, tudo o que entenderem dever ser mostrado e partilhado, porque esta Festa é essencialmente um tempo de partilha.

O que destaca do programa da XV Festa da Solidariedade?
Todo o dia da Festa é significativo, todo o programa é aliciante e interessante, por isso vale a pena, no dia 24 de setembro, todos os que puderem e quiserem, ter um dia diferente e dedicá-lo àqueles que nos 365 dias de cada ano dão o seu melhor para que outros tenham qualidade e dignidade de vida, segurança e proteção e, desse modo, uma vida mais feliz.

Qual a importância desta iniciativa para a CNIS e para o país? 
Em cada ano o dia da Festa da Solidariedade consagra uma cidade como a capital da solidariedade. A CNIS pretende, com o evento, chamar a atenção para que todos tomem consciência da importância do sector social solidário na concretização de políticas seguras de proteção social para todos os cidadãos, sobretudo para os mais fragilizados. A Festa da Solidariedade promove a partilha de experiências, o maior relacionamento entre instituições, a proximidade entre os prestadores de serviços, os utentes, os colaboradores, as famílias e toda a comunidade que as envolve. É importante publicitar o que de bom se faz nas IPSS.

Está prevista alguma participação política relevante?
Em todas as Festas já organizadas esteve presente sempre o governo, acreditamos que este ano não será exceção.

A Chama da Solidariedade, que integra este evento, que percurso vai percorrer?
A Chama da Solidariedade vai percorrer ao longo de quatro dias, de 21 a 24 de setembro, todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo, com atividades programadas para todas as sedes de concelho.  

Que significado tem a Chama da Solidariedade?
Sabemos que nem todos os que gostariam de estar na Festa da Solidariedade o podem fazer, mas nós queremos que o espírito da solidariedade, da fraternidade, do voluntariado, da partilha e do respeito pelos outros continue vivo no comportamento e na atitude de cada pessoa, independentemente da sua condição. Por isso, fazemos deslocar esse espírito por todo o país, simbolizado numa chama que brilha, que guia e que aquece os corações de todos, convidando para esta missão solidária que também é de todos.

A autarquia de Viana do Castelo e as IPSS do distrito estão a cooperar, como de costume, na iniciativa?
A União das IPSS de Viana do Castelo é parceira da CNIS nesta organização, tendo feito um trabalho determinante para que a organização fosse menos complexa e o evento venha a ter o sucesso que esperamos. Realço todo o trabalho de dinamização e promoção da Festa e da Chama nos diversos concelhos, com adesão total bem como nos contactos com a Câmara Municipal de Viana do Castelo nas pessoas do seu Presidente e vereadora da área da Ação Social, de quem obtivemos todo o apoio que era indispensável para garantir a realização da Festa nas condições que entendemos serem as melhores. Aproveito esta oportunidade para agradecer de forma muito reconhecida todo esse apoio.

Contam com participação de IPSS de todo o país?
Com a divulgação da Festa remetemos a todas as associadas uma ficha de inscrição para a Festa, não no sentido de qualquer compromisso, mas para termos dados que nos permitam adequar os meios necessários ao número de participantes e temos já algumas representações asseguradas.

Todos os eventos, neste período de pós-pandemia, têm tido uma afluência excecional de público. Conta com isso em Viana do Castelo?
Claro que sim, não fosse Viana do Castelo, e todo o Minho, uma região de muita e boa animação. A animação não vai faltar e acredito que esse dia será partilhado e lembrado por muita gente.

Depois de ter organizado as 14 anteriores edições, continua a ter o mesmo empenho e prazer na realização desta iniciativa
Sem dúvida. A Festa da Solidariedade é já património cultural da CNIS. É um evento marcante nos distritos onde se realiza, é um momento de reconhecimento e de exaltação por parte de todos da importância das IPSS e é acima de tudo um momento de valorização dos princípios da solidariedade, do voluntariado, da cidadania e do espírito de missão que nos deve acompanhar a todos neste sector.

A Festa e a Chama ainda têm oportunidade de realização nos próximos tempos?
Acredito que sim, até porque já há manifestações de interesse e vontade da parte de outros distritos em serem anfitriões no próximo ano e todos estamos interessados em promover e divulgar os valores da solidariedade.

 

Data de introdução: 2022-09-08



















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