FAPPC RETOMOU COMEMORAÇÃO PRESENCIAL

Évora recebeu celebrações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral

Entre 17 e 21 de outubro, Évora acolheu muitas e diversificadas atividades que assinalaram mais uma comemoração do Dia Nacional da Paralisia Cerebral.
Formalmente assinalado desde 2014, as comemorações deste ano foram, também, o retomar de alguma normalidade a nível de eventos presenciais e da participação de elementos de todo o país.
Em iniciativa conjunta da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) e da Associação de Paralisia Cerebral de Évora (APCE), as comemorações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral foram assinaladas com atividades culturais, desportivas e de formação e informação.
Até Évora deslocaram-se representantes do Porto, de Lisboa, de Faro, dos Açores, de Viseu, de Almada-Seixal, de Coimbra e de muitos mais locais.
Para Rui Coimbras, presidente da FAPPC, as comemorações ficarão na memória de todos “pela quantidade e diversidade de atividades”, mas também por se terem transformado numa “semana absorvente, mas plenamente satisfatória pelos resultados atingidos e pela envolvência de várias centenas de pessoas com paralisia cerebral, seus cuidadores, familiares e técnicos de inúmeras instituições”.
A semana de iniciativas começou com as «Conversas de Fim de Tarde», evento que durante três dias colocou à discussão vários assuntos de relevância para as pessoas com paralisia cerebral.
Bem-estar, empregabilidade e Ensino Superior foram os três temas analisados em encontros realizados na Fundação Eugénio de Almeida.
Depois, na manhã do Dia Nacional da Paralisia Cerebral (20 de outubro), foi a vez do desporto assumir destaque. Boccia (pela Associação de Paralisia Cerebral de Évora), tricicleta e slalom (pela Associação de Paralisia Cerebral de Almada-Seixal) e a dança dos «Toca a mexer» (da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro) foram apresentadas no pavilhão da Escola Manuel Ferreira Patrício perante uma imensa plateia de jovens alunos.
Durante a tarde, o programa foi essencialmente cultural. Atuaram o coletivo “Era uma vez... Teatro” e os appSound (da Associação do Porto de Paralisia Cerebral) e houve ainda lugar a árias (por alunos do Departamento de Música da Universidade de Évora), um duo de clarinete (da Eborae Música) e a apresentação dos Cantares de Évora e do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz.
O dia 21 de outubro esteve integralmente reservado a um Seminário, realizado no Auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, intitulado «Inclusão social em rede – perspetivas sobre a paralisia cerebral».
Das muitas presenças a assinalar, destaque para Humberto Santos, presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, no dia inaugural, e para Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, na sessão de encerramento.
Já Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e João Costa, ministro da Educação, enviaram mensagens que foram transmitidas na sessão de abertura do seminário.
Rui Coimbras defendeu a importância destes encontros e do debate que do mesmo resulta.
“Reclamámos uma inclusão em rede... não pedimos... exigimos! E exigimos porque queremos ser parte ativa nas decisões que nos envolvem”, disse o presidente da FAPPC.
Para Teresa Godinho, presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Évora, “o cansaço destes dias é sinal que daqui sairemos todos com novas temáticas e preocupações às quais teremos que dedicar toda a atenção”.
A dirigente anfitrião das comemorações defendeu que só com uma intervenção conjunta e com a participação de todos “é que conseguiremos, um dia, ter uma sociedade verdadeiramente inclusiva”.
A Secretária de Estado da Inclusão, por seu turno, resumiria as principais conquistas do seminário e da semana de atividades comemorativas do Dia Nacional da Paralisia Cerebral.
“Vale sempre a pena assistir a momentos de partilha quando, de tais momentos, nos surgem inquietações e quando nos obrigam a pensar nas políticas que se devem implementar em relação às pessoas com deficiência”, sustentou Ana Sofia Antunes.
Para a governante, isto só resultará de um “efetivo e real fazer acontecer”, considerando não ser suficiente a solução que apenas se centra em planos, estudos e planeamentos...
E, segundo Ana Sofia Antunes, esse tal “fazer acontecer” deve-se em muito à intervenção cívica das pessoas com deficiência.
Para a Associação de Paralisia Cerebral de Évora, o seminário visava “facilitar a dinamização de estratégias de inclusão social que permitam apresentar soluções práticas – umas propostas, outras já experimentadas, e que podem ser disseminadas”, bem como assegurar “a igualdade de oportunidades, maior autonomia e independência das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida promovendo a sua maior inclusão social”.
No final, Teresa Godinho considerou que os objetivos foram plenamente atingidos.
De notar que localmente, um pouco por todo o país, as diversas associadas da FAPPC desenvolveram atividades próprias para assinalar o Dia Nacional da Paralisia Cerebral.

 

Data de introdução: 2022-11-10



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...