Os 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 foram celebrados pelo país inteiro, com a data a registar grandes manifestações um pouco por todo o território nacional. Os ideais de Abril parecem estar bem vivos, apesar dos arremessos retrógrados de algumas franjas da população.
No entanto, realidades como a liberdade, a democracia, o desenvolvimento do país e a capacitação das pessoas são edifícios em construção, como por todo o país há instituições a construir bem-estar e afetos para todos, em especial para os mais necessitados. Sim, porque ainda os há e ainda são muitos. Não são mais porque a rede social solidária das IPSS, para além de chegar a todo o lado, inventa e reinventa-se para não deixar ninguém para trás.
E se as celebrações foram intensas por todo o Portugal, os 50 anos do 25 de Abril nas IPSS foi comemorado igualmente com grande entusiasmo, de norte a sul do interior ao litoral e ilhas.
Dos mais velhos, aqueles que na pele viveram as agruras do Estado Novo, aos mais novos, que ainda estão a aprender o que foi o 25 de Abril, passando pelas pessoas portadoras de deficiência, para quem as condições de vida tanto mudaram neste meio século da história de Portugal, as instituições convocaram os seus utentes, trabalhadores e dirigentes para das mais diversas formas assinalarem a data.
Cantar a «Grândola, Vila Morena» foi transversal a muitas instituições, com vários coros, uns improvisados outros mais formais, a interpretarem uma das senhas para a revolução da autoria de José Afonso.
Centros de Dia, Centros de Convívio, ERPI, creches, Centros Comunitários, Pré-escolares, CAO, CACI e muitas outras respostas sociais foram palco de celebrações, com convívios, elaboração de trabalhos manuais alusivos à data, peças de teatro, exposições e cravos, cravos, cravos e mais cravos, em papel, em plástico, em bordados, em lã e em muitos outros materiais e, claro, muitos naturais redecoraram muitas instituições do país.
A Direção da CNIS, pela voz do dirigente Alfredo Cardoso, deixou uma mão cheia de ideias que interessa fixar no que respeita às IPSS e os 50 anos do 25 de Abril:
- “As IPSS são parte dos muitos mil para defender Abril”;
- “As IPSS afirmam que são pilares essenciais na coesão social e na coesão territorial de Portugal”;
- “As IPSS são das organizações que mais evoluem na inovação social, dando resposta às novas necessidades dos seus utentes, porque inovação social é dar resposta àquilo de que as pessoas precisam”;
- “As IPSS lembram que falta cumprir Abril, nomeadamente no que respeita às comparticipações”;
- “Abril permitirá às IPSS afirmar-se como um direito constitucional principal, dando o salto da Segurança Social para todos para a Proteção Social para todos”.
Com esta mensagem, a CNIS afirma a conquista de Abril que foi a disseminação de IPSS por todo o país, a organização de respostas à comunidade nascidas do seio dessas mesmas comunidades.
Mas há que olhar também ao futuro, em especial a esse grande desafio que é a sustentabilidade financeira das IPSS e ainda pelo reconhecimento constitucional da Proteção Social como direito universal.
A Direção da CNIS agradece ainda a adesão das associadas ao desafio lançado para celebrarem os 50 anos do 25 de Abril.
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