OBRAS SOCIAIS DE VISEU

Vestir o pijama e promover a resposta de acolhimento familiar

Numa ação conjunta entre a resposta social Viseu Afetos – Acolhimento Familiar e a Creche e Pré-escolar, as Obras Sociais Viseu abraçaram, uma vez mais, aquela que é também a sua visão: criar e promover percursos de vida mais felizes e dignos em todas as idades.
Este ano, como já vem sendo hábito, as equipas do Viseu Afetos - Acolhimento Familiar e da Creche e Pré-escolar uniram-se à Missão Pijama, uma iniciativa criada pela Mundos de Vida, com a finalidade de sensibilizar o país para a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, nomeadamente, o “direito de uma criança crescer numa família”, sendo o acolhimento familiar uma forma de assegurar este direito, já que esta medida pretende reduzir o número de crianças institucionalizadas.
O dia tem como principal objetivo alertar a sociedade para a necessidade do acolhimento familiar, evitando que as crianças que entram no sistema de promoção e proteção e sejam afastadas da sua família biológica, vivam em casas de acolhimento, principalmente quando apresentam tenra idade.
Para assinalar este dia, a equipa da Creche e Pré-escolar das Obras Sociais de Viseu proporcionou um dia especial a todas as crianças com vários momentos ao longo do dia, desde a confeção de bolachas caseiras «Mãos na Massa», que depois partilharam com todos os trabalhadores da instituição, à elaboração das «casinhas da família» com a fotografia das famílias das crianças e ainda um tempo para a leitura de historinhas nas tendas, para a criação em 3D das personagens da história «O Galo Galaró», lançada pela Mundos de Vida.
As crianças brincaram, pularam e dançaram ao som de várias músicas, num dia que terminou com o «Desfile do Pijama».
As crianças tiveram ainda a visita especial da equipa do Viseu Afetos - Acolhimento Familiar com a atividade «Crescer é em Família», um momento dedicado à sensibilização para a importância da família e para a realidade de muitas crianças que, neste momento, necessitam temporariamente de uma família, numa ação de sensibilização realizada através da leitura de um conto alusivo à família.
Aproveitando o Dia do Pijama, foi um dia dedicado às crianças e à importância de todas poderem e deverem crescer numa família, com cuidado, afeto, segurança e proteção, elementos essenciais na infância, mas que ainda não fazem parte do dia a dia de muitas crianças.
Nesse sentido, o compromisso da equipa Viseu Afetos é continuar a dinamizar um conjunto de ações de sensibilização para as crianças em algumas Escolas Básicas do 1.º Ciclo do concelho de Viseu, para dar a conhecer às crianças, através de um conto, o que é o acolhimento familiar.

CAMPANHA NACIONAL

Este é um trabalho essencial, até porque, tal como o governo reconheceu recentemente, as famílias não estão sensibilizadas para o acolhimento familiar.
Há duas edições o Solidariedade deu conta de algum mal-estar das instituições, precisamente, pela falta de sensibilidade e conhecimento do que é a resposta de Acolhimento Familiar.
Por isso, o Governo lançou uma nova campanha nacional pelo acolhimento familiar, #todosjuntospeloacolhimentofamiliar.
A iniciativa é promovida pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em parceria com as três entidades gestoras do sistema de acolhimento familiar (Instituto da Segurança Social, a Casa Pia de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) e pretende sensibilizar e informar a sociedade e captar potenciais candidatos a famílias de acolhimento.
Portugal tem 356 crianças em famílias de acolhimento, um número "bastante residual", face ao total de crianças institucionalizadas, e que o Governo pretende ver aumentar em resultado da nova campanha nacional.
A campanha "vai durar todo o ano", com ações concretas ao nível dos vários municípios, estando visível tanto nas redes sociais, como em cartazes. De acordo com a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, “importa explicar o que é uma família de acolhimento, que se trata de uma medida temporária e para a qual as famílias têm vários apoios”.
Paralelamente, as instituições vão fazendo o seu caminho, não só implementando a resposta, como dar a conhecer e a promover a missão de ser família de acolhimento.

 

Data de introdução: 2024-12-11



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...