Parabéns à CNIS

Foi com particular agrado que participei na Assembleia Geral da CNIS que ocorreu em Fátima no passado dia 26 do mês de Novembro.
Primeiro, é sempre bom dar um abraço a tantos amigos e companheiros de Solidariedade que, há vários anos, se vão cruzando nestas Assembleias Gerais e sempre que a CNIS "toca a rebate" a clamar mobilização e luta. 

Com efeito, realizar umas acções desgarradas de solidariedade acaba por ser fácil. O mais difícil é mesmo entregar a vida, o tempo e as energias a esta Causa, mantendo abertos de forma permanente milhares de equipamentos sociais que servem de verdadeiro "porto de abrigo" a centenas de milhares de crianças, jovens, idosos, famílias e comunidades! 

Depois, registei como altamente positivo o facto de a sala onde decorreu a Assembleia Geral estar completamente cheia, sendo visível em todos uma grande atenção às informações prestadas pela Direcção e uma esclarecida participação na vasta agenda de trabalhos previamente apresentada para discussão. 

Seja-me permitido um desabafo: recordei expressões de bastantes dirigentes que me interpelaram várias vezes, afirmando que eu não podia abandonar a direcção da CNIS, pois poderia ficar comprometida a sua actividade. Embora compreendendo a simpatia e até a autenticidade das suas preocupações, está provado que as pessoas passam e as Instituições ficam e que a renovação de pessoas, métodos de trabalho e até de estilos de liderança acabam por constituir uma mais-valia.
Seria hipócrita se não partilhasse com tantos dirigentes que, durante tantos anos comigo colaboraram na construção do "património de causas e projectos", algumas apreensões pela forma como foram conduzidos certos processos e geridas várias sensibilidades de pessoas que integravam responsabilidades na CNIS. 

As relações humanas são sempre difíceis e o trabalho em equipa requer muita paciência, arte, humildade, identificação nos objectivos, um respeito profundo pela diversidade na unidade.
Na Assembleia e pelas informações que me chegaram, encontro razões para dar os parabéns à CNIS e, na pessoa do seu Presidente, Cónego Francisco Crespo, a todos os membros do Conselho Directivo, pela forma como conduziram esta "barca" no meio de algumas tormentas que sempre acontecem em ciclos de transição! Sei bem o espírito de serviço com que o Cónego Francisco Crespo aceitou liderar a CNIS numa fase de especial complexidade. Ficar-lhe-ei sempre grato por me ter permitido abandonar a liderança da então UIPSS sem riscos de divisão nem de descontinuidade de projectos. 

Com ele transitaram também para o mandato que agora termina outros dirigentes experientes e dispostos a "lutar pela camisola". A todos se fica a dever o clima de PAZ INSTITUCIONAL que, apesar de algumas dificuldades que sempre acontecem, se vive na CNIS.
A simples circunstância de se ter chegado a acordo sobre a apresentação de uma "lista institucional" é um sinal de maturidade e a prova provada de que a CNIS atingiu já uma patamar institucional que a todos que nela temos participado nos apraz registar. 

Será natural esperar que, para além da lista institucional, outros dirigentes com projectos inovadores e quadros renovados, decidam organizar listas de candidaturas alternativas à lista institucional, de forma a apresentar a todas as Associadas o maior número possível de projectos, formas inovadoras de intervenção social, pessoas que até ao momento não tiveram ainda oportunidade de fazer também esta experiência de "serviço" na gestão da Confederação. Isto deveria acontecer tanto na CNIS como nas várias Uniões Distritais.
Se assim vier a acontecer, o ano de 2006 ficará na história das Instituições Particulares de Solidariedade Social como um "ano de ouro"! 

Que a razão de ser de listas e projectos seja sempre uma "resposta" às efectivas carências sociais de solidariedade e acção social que os nossos concidadãos mais frágeis reclamam das IPSS que o País se habituou a respeitar e as comunidades humanas onde elas estão inseridas a elas se acolhem na busca de mais bem-estar social.

 

Data de introdução: 2006-01-08



















editorial

TRANSPORTE COLETIVO DE CRIANÇAS

Recentemente, o Governo aprovou e fez publicar o Decreto-Lei nº 57-B/2024, de 24 de Setembro, que prorrogou, até final do ano letivo de 2024-2025, a norma excecional constante do artº 5ºA, 1. da Lei nº 13/20006, de 17 de Abril, com a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A segurança nasce da confiança
A morte de um cidadão em consequência de tiros disparados pela polícia numa madrugada, num bairro da área metropolitana de Lisboa, convoca-nos para uma reflexão sobre...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
No passado dia 17 de outubro assinalou-se, mais uma vez, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Teve início em 1987, quando 100 000 franceses se juntaram na...