O Natal, sabemo-lo é um tempo propício para o encontro entre os homens, em que ninguém tem coragem de fechar o coração ao seu irmão.
É, a meu ver, sintomática a preocupação de nestes dias não esquecermos ninguém que amamos ou com quem temos uma relação de amizade ou de proximidade e de lhe manifestarmos a nossa presença através dum gesto, de uma mensagem, de uma prenda …
E tudo isto brota da grande prenda que Deus Pai deu à Humanidade, oferecendo-nos o seu próprio Filho.
Mais do que qualquer pessoa, nós que, por exigência ética ou moral, nos entregamos diariamente ao serviço das pessoas e das famílias, sobretudo daquelas que a sociedade rejeita, compreendemos bem esta linguagem e por isso nos orgulhamos de ser nesta mesma sociedade o “coração” que ama e se entrega sem medida para fazer os outros felizes.
Como presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, quero desde logo saudar as mais de 1,5 milhões de pessoas que, diariamente, beneficiam da nossa actividade socioeducativa.
Por outro lado, não posso deixar de manifestar, em nome das instituições que represento, o meu mais profundo reconhecimento às centenas de milhar de voluntários, dirigentes, benfeitores e trabalhadores que compõem esta grande família da Solidariedade, dizendo-lhes que, não obstante o agravamento das dificuldades com que todos nos deparamos, continuaremos a acreditar nesta força que manifesta os mais autênticos valores deste país.
Gostaria também de deixar aqui uma saudação muito cordial a todos quantos, sacrificando o seu aconchego familiar, permanecerão nos seus postos de trabalho mesmo nestes dias de festa, cuidando, como se foram seus próprios filhos, pais ou avós, de cada um dos que acolhemos, designadamente, nos lares residenciais de crianças, de jovens, de idosos ou de pessoas portadoras de deficiência. A vossa dedicação e profissionalismo, reconhecemo-lo, não têm preço.
Bem hajam, pois, todos os promotores de solidariedade, todos os que, como refere o Senhor D. José Alves na mensagem que nos quis dirigir, respeitam e se comprometem com os direitos dos outros, defendem os injustiçados e socorrem os necessitados.
Um Santo Natal e um Ano 2006 repleto de tudo quanto mais aspirais.
Cón. Francisco Pereira CrespoPresidente da CNIS
Data de introdução: 2006-01-04