O ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, admitiu que 40 mil pessoas possam receber já este ano o complemento solidário para idosos.
"É uma prestação social nova (à) que está no terreno há apenas três semanas", o que explica, segundo o ministro, que até ao final da semana passada só 2.000 processos estivessem concluídos, mas as previsões do Governo é chegar a 40 mil idosos carenciados este ano.
Em entrevista ao programa "Diga lá excelência" da Rádio Renascença em colaboração com o jornal Público, Vieira da Silva disse que foram enviadas 298 mil cartas a idosos, mas recordou que "milhares recebem pensões de outros sistemas de segurança social, como é o caso dos emigrantes", podendo portanto estar excluídos.
Recorde-se que este complemento se destina a idosos cuja totalidade dos rendimentos (incluindo pensão de alimentos eventualmente paga pelos filhos) seja inferior a 300 euros, aplicando- se este ano apenas aos que têm 80 anos ou mais, sendo em 2007 alargada aos de 70 anos ou mais e em 2008 a quem tem 65 anos ou mais.
O calendário inicial previa que o complemento solidário para idosos apenas deveria abranger em 2007 os cidadãos com 75 anos ou mais, mas o primeiro-ministro anunciou sexta-feira que o Governo decidiu antecipá-lo em um ano, abrangendo no próximo ano os idosos com 70 anos ou mais.
Segundo o primeiro-ministro, o calendário do pagamento do complemento solidário para idosos foi "acelerado graças ao excelente desempenho na gestão financeira da segurança social" em 2005.
Uma ideia sustentada por alguns números referidos hoje pelo ministro Vieira da Silva, que apontam que o aumento dos contributos para a segurança social, que não ultrapassou os 3,0 por cento em 2004, teve em 2005 um aumento acumulado de 5,0 por cento.
A evolução positiva manteve-se em Janeiro e Fevereiro de 2006 com os contributos para a segurança social a crescerem 6,0 por cento.
26.02.2006
Data de introdução: 2006-03-06