MATERNIDADES

Onze mil bebés nascem todos os anos de partos sem segurança

Um em cada dez bebés nasce anualmente em Portugal sem a segurança adequada porque um terço dos hospitais públicos com bloco de partos não tem condições, indica um estudo revelado pelo Jornal de Notícias.

Jorge Branco, director da maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e coordenador de um estudo sobre as maternidades que será brevemente apresentado ao Governo, considera que um em cada três hospitais públicos com bloco de partos "não tem condições de segurança para o nascimento".

O estudo revela que faltam por exemplo "pessoas especializadas, médicos, enfermeiros e alguma experiência", declarou Jorge Branco ao Jornal de Notícias. Todos os anos são 11 mil bebés, 10 por cento dos que nascem entre instituições públicas e privadas, que nascem anualmente sem total segurança, afirmou o responsável pelo estudo, que se escusou a identificar quais os hospitais que apresentam deficiências.

Com base no estudo será feita uma proposta ao Governo que visa a concentração dos locais de parto. "Em vez de (as mães) irem ter o bebé ao hospital onde iriam - e que até faz parte dos que não têm tudo o que é necessário - passariam a ir para o que mais perto oferecesse as condições necessárias", disse Jorge branco ao jornal.

As unidades que cumprissem todas as condições de segurança passariam a ter "mais equipas especializadas, com médicos, enfermeiros, mais gente e sobretudo, com muita experiência", referiu. O estudo, cujo relatório final está a ser ultimado, deverá ser entregue ao Ministério da Saúde entre 10 e 12 deste mês. Os hospitais públicos são responsáveis por 90 por cento dos nascimentos em Portugal.

01.03.2006

 

Data de introdução: 2006-03-06



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...