EMPRESÁRIOS E GESTORES PROMOVEM VALORES CRISTÃOS

Para combater a pobreza é preciso criar mais riqueza

A ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) apresentou-se em Aveiro, na segunda-feira, 26 de Junho, por iniciativa do Bispo diocesano, D. António Marcelino. A sessão decorreu no Centro Universitário Fé e Cultura e contou com a intervenção de Jorge Líbano Monteiro, secretário-geral daquela organização, estando presentes alguns empresários e gestores, sensíveis aos princípios da Doutrina Social da Igreja. A associação defende a humanização das empresas, no respeito absoluto pelos seus colaboradores, como foi largamente sublinhado no encontro.
No final, um pequeno grupo de empresários e gestores assumiu a liderança do processo que há-de conduzir à criação do Núcleo de Aveiro da ACEGE, sendo necessários, pelo menos, 10 associados da região.

A apresentação da ACEGE centrou-se no “Código de Ética” dos empresários e gestores, documento aceite já por cerca de 500 pessoas ligadas ao mundo empresarial, esperando-se que até finais de 2006 a organização tenha 700 associados.
O secretário-geral da ACEGE sublinhou que a associação pretende “inquietar e mobilizar as consciências das pessoas”, defendendo valores cristãos que sejam aplicados na vida familiar de cada um e nas empresas que dirigem. Por outro lado, está a apostar na formação dos seus associados, através de encontros, debates, seminários, entre outras iniciativas, para que todos possam servir de referência na sociedade em que se inserem.
Jorge Líbano Monteiro referiu que a associação procura sensibilizar os seus membros e demais empresários e gestores para seguirem a “opção preferencial pelos pobres” defendida pela Igreja. Nessa linha adiantou que é preciso implementar o estudo de mecanismos que possam criar mais riqueza, para mais facilmente se combater a pobreza.

Sem nunca esquecer os princípios da Doutrina Social da Igreja, a ACEGE defende que a criação de riqueza é um bem para a sociedade, tendo Líbano Monteiro adiantado que, “quanto mais convictos estivermos dos valores em que acreditamos, mais facilmente os conseguiremos pôr em prática”. Disse que é imperioso “potenciar o compromisso social de cada empresário e gestor no seu meio”, apostando permanentemente nas pessoas, pois só com elas é possível construir um mundo melhor.
Falando do “Código de Ética”, em cuja elaboração participou activamente o empresário José Roquete, Jorge Líbano afirmou que este documento foi resultado de muita reflexão e ponderação, estando os seus princípios essenciais a ser seguidos por outras associações e empresas.

Citando, ainda, o mesmo Código, lembrou que “o homem é o fundamento, o sujeito e o fim de todas as instituições em que se expressa a vida social”, e que a economia “tem de ser potenciada e implementada para plena realização da sociedade e do bem comum”.
Para D. António Marcelino, o “Código de Ética” é uma referência fundamental para todos os empresários e gestores, “cristãos ou não”, tendo recordado que a Igreja “não tem a terceira via”, mas promove valores que são uma mais-valia para que as actividades humanas sejam “fermento de uma sociedade nova”. O Bispo de Aveiro disse, por fim, que a sociedade precisa de gente criativa e com capacidade para oferecer postos de trabalho, em empresas humanizadoras.

 

Data de introdução: 2006-07-09



















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