SAÚDE

Medicamentos levam oito portugueses por dia ao hospital

Todos os dias, pelo menos, oito pessoas são internadas nos hospitais portugueses por intoxicação com medicamentos - automedicação, tomas erradas ou por tentativas de suicídio.
A informação, veiculada pelo Diário de Notícias, refere ainda que os anti- depressivos e tranquilizantes são os remédios mais comuns nestes casos - originam 70% dos internamentos -, logo seguidos pelos analgésicos, antipiréticos e anti-reumáticos.
Citando as conclusões de um estudo apresentado no XVI Congresso Internacional de Farmacoepidemiologia e Gestão e Risco, o jornal garantia que, ao todo, entre 2000 e 2004, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde registaram 15 013 internamentos, cuja principal causa foi a ingestão de medicamentos errados ou em doses para lá das recomendadas.
Contudo, os investigadores também referem que os valores podem ser superiores.

Ainda segundo o mesmo estudo, na maioria dos casos (72%), os medicamentos são tomados com o propósito de pôr fim à vida, sendo que as intoxicações que ocorrem por acidente - o doente engana-se nos comprimidos que está a tomar, automedica-se ou toma doses muito acima daquelas que são consideradas seguras - representam 19,3% dos casos. Os restantes 8,7% correspondem a casos não identificados.
Contudo, ao longo dos cinco anos analisados, estes dois tipos de ocorrência têm evoluído de forma inversa: as tomas erradas têm diminuído, enquanto as tentativas de suicídio aumentaram.

O estudo conclui ainda que os envenenamentos por acidente são responsáveis por mais mortes do que os envenenamentos por tentativa de suicídio. Em 2004, a taxa de mortalidade para os primeiros casos foi de 1,3%, enquanto para os segundos não ultrapassou os 0,9%.

Em média, os doentes que dão entrada nos hospitais por ingestão de fármacos ficam internados por três dias, mas a permanência é mais elevada para o caso das tentativas de suicídio (em 2004, a média de internamento rondava os 4,3 dias).

 

Data de introdução: 2006-09-03



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...