IMIGRAÇÃO

Plano para a Integração dos Imigrantes tem 123 medidas e envolve 13 ministérios

Os imigrantes que vivem em Portugal vão ter acesso a um serviço de tradução e interpretação nos tribunais, segundo o Plano para a Integração dos Imigrantes que é apresentado pelo Governo. O serviço de tradução e interpretação vai ser criado no sistema judicial no sentido de facilitar o relacionamento de todos os cidadãos com a justiça, refere o "roteiro de compromissos" que o Executivo pretende aplicar nos próximos três anos.

De acordo com o plano, este serviço poderá ser presencial ou telefónico e será efectuado pela bolsa de tradutores do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).

O plano, que integra 123 medidas, envolve 13 ministérios e pretende acolher e integrar os imigrantes em áreas como o trabalho, a habitação, a saúde e a educação.

Facilitar o crédito bancário aos estrangeiros que vivem em Portugal é outra das medidas do Plano para a Integração dos Imigrantes.

O Governo e o ACIME vão passar a sensibilizar o sistema bancário para uma maior abertura no acesso ao crédito. "Incentivo à criação de produtos bancários inovadores que disponibilizem aos imigrantes, soluções para a compra de casa, ajustadas ao seu perfil e com garantias adequadas ao contexto socio-cultural, admitindo, por exemplo, fiadores estrangeiros residentes em
Portugal", refere o plano.

Outra das medidas passa pelo reforço da actividade inspectiva sobre entidades empregadoras que utilizam ilegalmente mão-de-obra imigrante e efectiva aplicação da lei na penalização destes
empregadores.

Neste sentido, serão reforçadas as competências e os meios da Inspecção-Geral do Trabalho para a fiscalização da utilização de mão-de-obra imigrante, em articulação com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nomeadamente no que toca "à exploração e desrespeito pelos direitos dos trabalhadores imigrantes".

Com este "roteiro de compromissos", o Estado pretende afirmar-se como "o principal aliado da integração dos imigrantes", refere o plano, adiantando que as 123 medidas propostas incluem a consolidação das iniciativas existentes, o lançamento de novas acções e a desburocratização e simplificação de vários processos.

O documento destaca ainda "a participação e co-responsabilidade dos imigrantes na concepção, desenvolvimento e avaliação das políticas de imigração", além de valorizar a figura do
mediador sócio-cultural e incentivar à participação política e sindical.

O Plano Nacional de Acção para o Acolhimento e Integração dos Imigrantes vai ser apresentado pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e pelo alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, Rui Marques.

18.12.2006

 

Data de introdução: 2006-12-18



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...