A Direcção do GAFOZ, Grupo dos Amigos de Foz do Cobrão, no Programa Comemorativo do seu 40º Aniversário que se realizou no passado 2 de Dezembro, incluiu um Encontro de Associações do distrito, o que é de louvar e que sirva de exemplo para futuras iniciativas, parcerias, etc.. Para o Encontro foram convidadas Associações de Solidariedade, Culturais e Desportivas do Distrito de Castelo Branco. Compareceram cerca de 200 convidados, o que deu o grande brilho e importância solidária ao evento, manifestada pelos presentes. Como pontos altos há que salientar uma breve apresentação dos quarenta anos do GAFOZ e o tema “ A Importância do Associativismo “, a que se seguiu um debate com todos os interessados.
Já no dia sete de Março passado, a União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Castelo Branco efectuou uma visita à Instituição, seguida de reunião, sendo de realçar o caloroso acolhimento recebido e a ideia de “ união “ que “ as IPSS devem protagonizar “.
Mas o GAFOZ não é uma Instituição vulgar de uma qualquer e pequena aldeia beirã. É invulgar e com história. Tem cerca de 700 sócios, muitos deles vivendo longe, e um dinamismo invejável e exemplar.
No dia 9 de Outubro de 1966, notem bem, já no século anterior, um grupo de homens e mulheres da Foz, lugar onde o rio Cobrão se encontra com as águas do rio Ocreza, este que vai ao encontro do rio Tejo, reuniu-se em casa de um Amigo, no Bairro da Serafina, em Lisboa, traçando então, na capital, os três objectivos do momento que nortearam as acções que se seguiram: A construção da ponte sobre o rio Ocreza, a organização e realização da festa tradicional com a preservação da cultura local e promover diversos melhoramentos na terra natal, a fim de instalar o essencial para proporcionar uma vida digna na terra que os viu nascer e lhes incutiu largos horizontes de liberdade para a realização do que se propunham fazer a seguir.
Esses três objectivos foram cumpridos: o primeiro pilar da obra de que se orgulham, que contribuiu fortemente para a implementação das infra estruturas da localidade e o desenvolvimento social de toda a comunidade.
Mas o GAFOZ não se poderia resumir unicamente a ser considerado uma mera e simples “ Comissão de Melhoramentos “ de que se podem e devem sempre orgulhar. Além do mais são ” gente solidária, bairrista e virada par o futuro “, audazes beirões capazes de tudo fazer em benefício de Foz do Cobrão, altruístas, tornando realidade, na década de noventa, o segundo pilar do novo ciclo de promoção social, idealizado pelos Amigos de Foz do Cobrão, o Centro de Dia e Convívio. Já antes transferiram a sede do Grupo para a terra mãe, como se impunha e desejava, e passaram, em boa hora, a IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social.
E não será agora que irão vergar-se e deixar de cumprir o que sempre os moveu: a amizade e solidariedade para com todos os “ patrícios ” que os estimam e os aplaudem. O terceiro pilar do seu empenhado e estimulante trabalho está em projecto. Esse terceiro e importante pilar é a criação de Centro de Noite.
Merecem os nossos encómios, de residentes e não residentes e, também, o que é da maior importância, todo o apoio dos conterrâneos e das entidades que têm poderes para os ajudar.
O Centro de Noite, certamente, não encerrará as aspirações desta IPSS. Quem sabe se no futuro não virá aí um quarto pilar, o que o sonho e a força humana sempre tornam realidade…
Data de introdução: 2007-01-07