“A CNIS está interessada em resolver o problema de eficácia, adquirindo também instalações em Lisboa”, anunciou o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), na assembleia-geral realizada na manhã de 31 de Março, em Fátima. O dirigente máximo da Confederação anunciou ainda aos 196 representantes de instituições presentes que as instalações serão disponibilizadas sem custos e irão servir para agilizar as relações com os diversos órgãos de poder presentes na capital. Reiterando de que não se trata de uma promessa, mas apenas de uma intenção, o Pe. Lino Maia referiu também pretender resolver até ao final deste ano o problema das instalações da sede no Porto, já que a que a Confederação tem funcionado num andar arrendado na Boavista, uma vez que a sede, na Rua Oliveira Monteiro, ameaça ruir.
Numa reunião sem surpresas de maior foram aprovados por unanimidade os Relatórios de Actividades e de Contas referentes ao ano de 2006, sendo que este último teve parecer positivo do Conselho Fiscal. A apresentação de contas já certificadas por uma empresa de auditoria externa constituiu igualmente uma novidade de procedimento por parte da direcção da Confederação que salientou e empenho em seguir este “rigor metódico”. A subida em 10 por cento dos valores afectos à formação revelam a aposta clara da CNIS nesse sector, tendo a Confederação realizado perto de 5300 horas de formação pelo país todo (exceptuando as ilhas), num total de 22 acções formativas e quatro seminários, nos quais participaram mais de 1400 pessoas. A intensificação das relações institucionais foi outra das grandes prioridades, havendo especial destaque para o relacionamento com a Presidência da República, o Governo, a União das Misericórdias, as Centrais Sindicais e a adesão ao European Social Network (ESN) e à European Social Action Network (ESAN). O resultado líquido anual positivo da Confederação foi de aproximadamente 40,500 euros e será depositado na conta de resultados transitados, segundo informou um membro do Conselho Fiscal.
A rectificação em assembleia-geral da adesão da CNIS à recente criada Confederação Nacional do Voluntariado foi outro dos pontos da ordem de trabalhos que mereceu a aprovação por unanimidade dos presentes. Refira-se que Comissão instaladora da Confederação Portuguesa do Voluntariado é presidida por Eugénio Fonseca, também membro da direcção da CNIS, e dela fazem parte, para além da Confederação, a Cruz Vermelha Portuguesa, o Instituto S. João de Deus, a Liga dos Bombeiros Portugueses, a Plataforma Saúde em Diálogo, a União das Misericórdias Portuguesas e a Cáritas Nacional. De referir que esta Assembleia marcou o regresso de Eugénio Fonseca às lides da Confederação o que lhe valeu uma grande ovação dos participantes.
No final da ordem dos trabalhos e após a habitual sessão de perguntas e respostas, o Pe. Lino Maia deixou ainda um apelo aos dirigentes das instituições particulares de solidariedade para que “não se deixem ultrapassar por técnicos ou outros colaboradores”, tenham o cuidado de aceder e tratar a informação e “liderar as IPSS”, sendo que para isso a aposta na formação e na qualidade “é essencial”. Outro dos avisos deixado pelo dirigente diz respeito às instituições não filiadas na Confederação que “ainda são em número elevado em alguns distritos do país” e que se afastam da média de filiação nacional, estimada em 70 por cento. Para o Pe. Lino Maia “não é justo que um filiado e um não filiado sejam tratados da mesma maneira”, apelando assim à promoção da filiação.
Data de introdução: 2007-04-04