O Governo aprovou o Plano Nacional de Saúde Mental, até 2016, que prevê medidas para a descentralização destes serviços para facilitar uma maior integração dos doentes com as suas famílias e comunidades.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o titular da pasta da Saúde, Correia de Campos, a coordenação do plano caberá ao Alto Comissariado da Saúde, através de um coordenador nacional a nomear. "Trata-se de um plano que demorou cerca de um ano a preparar e que terá uma aplicação transversal, envolvendo vários ministérios", disse. Correia de Campos sublinhou que "a saúde mental não é apenas um problema do Ministério da Saúde".
"Este plano dedicar-se-á a situações de militares atingidos por stress traumático, reclusos inimputáveis e casos de reabilitação profissional. Há ainda áreas importantes como a prevenção ao nível da saúde mental no sistema educativo e a vertente da investigação científica", apontou.
Segundo o ministro, "haverá um reforço da mudança face ao tradicional modelo asilar, que permaneceu longos anos em Portugal".
"Temos ainda uma concentração destes hospitais em Lisboa Porto e Coimbra. A concentração é negativa, porque afasta o doente mental da sua família e da sua comunidade", sustentou.
04.10.2007
Data de introdução: 2007-10-04