O investimento na área social tem sido uma das apostas do Governo Regional dos Açores liderado por Carlos César. Na última década a fatia destinada ao sector tem vindo a crescer, sendo que no ano de 2000 as verbas para a Segurança Social situavam-se nos 4 milhões de euros, cinco anos depois ascendiam aos 7,5 milhões de euros e em 2007 atingiram o valor de 10 milhões e 800 mil euros. Números que, segundo Andreia Cardoso, directora regional da Solidariedade e Segurança Social, mostram o “empenho governamental nesta área”.
Em entrevista ao Solidariedade, Andreia Cardoso afirmou que as políticas socialistas da região “assentam num forte relacionamento com as IPSS e Misericórdias”, que, nos últimos 10 anos, possibilitou que fosse dado um “salto significativo, potenciando o alargamento da rede de equipamentos sociais”.
No arquipélago existem actualmente 640 equipamentos sociais, que dão resposta a 24 mil pessoas, mas com capacidade para 27 mil utentes. O Instituto de Acção Social (IAS) e a Direcção Regional de Solidariedade e Segurança Social direccionaram a intervenção nos últimos 3 anos, no sentido de uma “aproximação técnica” com as instituições. “Foram criadas equipas multidisciplinares, (constituídas por psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, entre outros), nas divisões de acção social, que são compostas por elementos do IAS e das IPSS no sentido da rentabilização dos recursos técnicos”, explica. Para a directora estas equipas têm permitido “uma franca melhoria na qualidade e rapidez das respostas e também uma maior segurança de intervenção por parte das instituições, uma vez que não é possível ter recursos técnicos em todos os equipamentos sociais e na mesma proporção em todas as ilhas”.
Os acordos de cooperação são, segundo a directora, outro dos indicadores que demonstram a “proximidade” entre as instituições e o governo, uma vez que também nos últimos 10 anos, o bolo atribuído às IPSS aumentou substancialmente. Em 1996, para as 4 áreas sociais, Infância e Juventude, Família e Comunidade, Invalidez e Reabilitação e Terceira Idade, o valor atribuído era um pouco acima dos 11 milhões de euros, sendo que 10 anos depois, em 2006, ultrapassou os 36,5 milhões de euros.
Data de introdução: 2008-03-09