O presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) considera que a crise alimentar está a aumentar o número de pessoas que necessitam de ajuda. O padre Lino Maia diz que esta crise está também a atingir as próprias instituições, noticia a TSF.
O presidente da Confederação Nacional de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) está preocupado com os efeitos da crise alimentar em Portugal que começam a atingir sectores da sociedade que antes não tinham problemas.
«Já não são só os sem-abrigo a pedir e aceitar apoio durante a noite. Já aparecem famílias com o seu tupperware que, na calada da noite, vão junto dos que apoiam os sem-abrigo pedir algo para que tenham uma refeição durante o dia», revelou o padre Lino Maia.
Este responsável recordou que a subida de preços está a incidir «sobretudo sobre aquilo que as pessoas consomem diariamente, que precisam para sobreviver».
O padre Lino Maia foi mesmo mais longe ao considerar que esta «situação que faz lembrar os piores anos da América Latina em que diariamente se viam preços diferentes».
O presidente desta confederação falou ainda sobre os problemas que a subida de preços está a provocar no trabalho das Instituições de Solidariedade Social
Lino Maia explicou que existiu um agravamento da inflação de 5,6 por cento em 2007 para mais de sete por cento em Abril de 2008, segundo um estudo da União das Misericórdias.
Data de introdução: 2008-05-21