O rendimento líquido total anual médio das famílias em Portugal era, em 2005, de 22.136 euros o que corresponde a um rendimento líquido mensal de 1.845 euros, refere o Inquérito às Despesas das Famílias 2005-2006 divulgado pelo INE. Estes números demonstram que os rendimentos das famílias registaram uma taxa média de crescimento anual de 2,1 por cento desde 1999, refere o mais recente inquérito sobre os orçamentos familiares realizado pelo Instituto Nacional de Estatística.
A despesa média anual era de 17.607 euros por agregado familiar em 2005/2006, dos quais 26,6 por cento (4.691 euros) gastos em habitação, incluindo despesas com água, gás e electricidade, 15,5 por cento (2.736 euros) em bens alimentares e bebidas não alcoólicas e 12,9 por cento (2.272 euros) em transportes.
A região de Lisboa era a que tinha o rendimento líquido total anual médio por família mais elevado, de 27.463 euros, mas também a despesa mais elevada, de 20.715 euros, claramente acima do valor nacional.
A região do Alentejo era a que tinha o rendimento anual mais baixo, nos 18.276 euros, registando também a despesa média mais baixa no conjunto do país, de 14.067 euros.
Segundo o inquérito, a despesa total anual média dos agregados com crianças ou jovens dependentes era cerca de 50 por cento superior à dos agregados sem menores dependentes.
Contudo, o inquérito concluiu que a maioria dos agregados familiares portugueses (58 por cento) não incluía crianças ou jovens dependentes.
Concluiu também que o homem é o indivíduo de referência - o que tem os rendimentos mais elevados - em 61,7 por cento dos agregados familiares e que em 52,1 por cento das famílias, o trabalho por conta de outrém era a principal fonte de rendimento.
O inquérito refere ainda que a região de Lisboa registava o nível mais baixo na taxa de risco de pobreza, situada em 12 por cento, enquanto a região do Norte e a Região Autónoma da Madeira registavam as taxas mais elevadas, estimando-se que em cada uma destas regiões 19 por cento da população tinha rendimentos inferiores ao limiar da pobreza nacional.
Quanto aos níveis de conforto básicos, regista-se uma evolução significativa face ao último inquérito: 99,7 por cento dos alojamentos dispunham de electricidade, 98,5 por cento tinham água canalizada, 97,4 por cento tinham sistema de esgotos e 95,8 por cento dispunham de instalação sanitária.
A posse de telemóvel passou de 47,4 por cento em 2000 para 81 por cento em 2005/2006 e a posse de telefone fixo baixou de 75,5 por cento para 68,7 por cento.
O Inquérito às Despesas das Famílias 2005/2006 foi realizado entre Outubro de 2005 e Outubro de 2006 com base numa amostra representativa estratificada a 16.747 alojamentos.
12.08.2008
Data de introdução: 2008-08-12