Tem dois metros de comprimento e 60 centímetros de largura. É a maior cavaca do mundo, é lançada na segunda-feira e marca o arranque do projecto Ajud’arte
A cavaca gigante foi confeccionada pela doceira Silvina Raimundo, bem conhecida pelos ovos-moles e bolos tradicionais de Aveiro cuja confeitaria fabrica há décadas, e vai ser “lançada” da Capela de São Gonçalinho, na manhã por excelência dedicada aos mais pequenos. Esta é uma iniciativa do Centro Social e Paroquial da Vera Cruz (CSPVC) que, além de querer prestar homenagem ao santo padroeiro do bairro da Beira Mar e cumprir uma das tradições mais acarinhadas pela população aveirense, marca o arranque do projecto Ajud’arte.
Um programa de acções que vai decorrer ao longo deste ano e que junta as artes ao objectivo de angariar mais de 300 mil euros para a conclusão da Creche da Vera e do Cruz. De acordo com Paula Hipólito, técnica da instituição, este equipamento estará de portas abertas em Setembro deste ano e até lá é imperioso juntar a verba em falta. “Já fizemos de tudo, desde concertos a jantares, passando por espectáculos de bailado e cortejos paroquiais. Tudo para juntar dinheiro, mas agora na recta final houve que fazer algo mais sustentado e que surtisse melhores resultados”, diz, referindo-se ao projecto “Ajud’arte”.
Tendo como padrinho oficial Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, esta é uma iniciativa que vai acontecer em vários locais, para públicos diferenciados e cujas acções estão sempre relacionadas com as artes. Um projecto que ganha uma dimensão especial, se se tiver em conta que para cada arte, o CSPVC convidou figuras mediáticas do panorama artístico local, regional e nacional.
Graças a estes parceiros, vai ser possível dinamizar ateliers e workshops tão diversos como culinária japonesa, pintura para pais e filhos, transformação de peças de vestuário, cursos de imagem, croché para canhotos, massagem para bebés, modelagem de balões ou pintura em papel de arroz com tinta-da-china, entre muitos outros. A estas propostas, juntam-se concursos, “pedi-pappers”, pintura comunitária de um painel de azulejos que será colocado numa das paredes da Creche da Vera e do Cruz, um almoço partilhado e, eventualmente, o lançamento de um livro tendo como personagens centrais a dupla Vera e Cruz. São “mil e uma” estratégias para juntar a verba necessária para a inauguração do novo equipamento, mas Paula Hipólito destaca o seu valor social e cultural, pois “todas as iniciativas querem oferecer algo à comunidade onde estamos inseridos” e isso consegue-se não só com a variedade de temáticas, mas também com os “nomes” que a elas estão associados.
Fonte: Diário de Aveiro
10.01.2008
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