A revista Cais lança uma edição especial exclusivamente dedicada a um tema científico, a astronomia, dando particular destaque aos investigadores e empresas que contribuem para a exploração espacial em Portugal. Trata-se, nas palavras de Henrique Pinto, director da Cais, de explicar e tornar acessível, sobretudo às camadas mais jovens, um saber que não tem estado próximo do público.
A escolha do tema, que já em 2003 foi abordado pela revista, em parceria com astrónomos amadores, «reflecte o crescimento do interesse pela astronomia nos últimos anos e o aumento do número de especialistas portugueses nestas matérias», afirmou à Lusa.
O lançamento será feito no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa sessão apoiada pela Agência Ciência Viva e pela organização do Ano Internacional da Astronomia (AIA).
Entre imagens espectaculares do Universo, os leitores ficarão a conhecer melhor os cientistas que trabalham na Agência Espacial Europeia (ESA) e no Observatório Astronómico do Sul (ESO), poderão ler um balanço feito pela astrofísica Teresa Lago das conquistas e desafios dessas organizações, bem como uma resenha histórica, desde as manifestações mais remotas ao trabalho de Pedro Nunes, pioneiro da Ciência em Portugal.
Em destaque nesta edição de 64 páginas estarão também duas empresas nacionais que produzem tecnologia de ponta para o mercado aeroespacial internacional, a Critical Software e a Active Space Technologies, bem como entrevistas com os vencedores das Olimpíadas Nacionais da Astronomia.
Ana Noronha, directora executiva da Ciência Viva, sublinhou à Lusa a importância da iniciativa para fazer chegar a cultura científica «a um público que normalmente não chega à ciência e tecnologia».
Na perspectiva de Henrique Pinto, o objectivo pretendido é «ligar o saber à coesão social, à dignidade humana e a um melhor equilíbrio social», contribuindo para que «este universo se torne uma estrada acessível, não apenas aos astronautas ou turistas espaciais, mas ao grande público».
«Quisemos traduzir em miúdos um saber que não está próximo do público e mostrar o que a astronomia tem feito de interessante no passado, o que faz no presente e o que está projectado para o futuro, fazendo com que, através de uma imagem mais simples, as pessoas percebam um pouco mais e se apaixonem por estes temas», acrescentou.
«Todo o saber humano que não leve à criação de comunidades socialmente coesas é um saber estéril», concluiu.
Para a sessão de lançamento, em que estarão presentes, além de Ana Noronha, o presidente da Sociedade Portuguesa de Astronomia, Miguel Avillez, e o director do Cais, Henrique Pinto, foram convidados vendedores da revista e representantes de associações ligadas à Cais.
Fonte: Sol
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