O novo programa de estágios Inov-Social tem uma comparticipação do Estado na ordem dos dez milhões de euros, vocacionado para as Instituições de Particulares de Solidariedade Social. Quanto à bolsa que cada jovem recebe esta é duas vezes o Indexante de Apoio Social, ou seja, cerca de 840 euros mensais, valor ao qual acresce o subsídio de alimentação e, nas situações que o justifiquem, subsídio de transporte ou subsídio de alojamento. Do valor total da bolsa, 65 por cento são comparticipados pelo Estado, ficando os restantes 35 por cento na responsabilidade das instituições sociais. O programa Inov-Social contempla mil estágios, que são dirigidos a jovens com qualificação superior nas áreas da Economia, Gestão, Direito e Ciências Sociais ou Engenharia, com idade até 35 anos. O processo de candidaturas irá decorrer entre 13 de Janeiro e 30 de Abril, estando os formulários disponíveis no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Desde o arranque dos programas Inov, o Estado português já investiu cerca de 79 milhões de euros, tendo o programa Inov-Jovem arrecadado a maior parcela, 27 milhões de euros, por ser o programa com o maior número de estágios, 12 mil no total.
A ministra do Trabalho considerou que o programa de estágios Inov-Social "não é paliativo" para o desemprego e anunciou que está a estudar a viabilidade de um programa para jovens do secundário das áreas profissional e tecnológica. "O objectivo do programa é aliar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, nomeadamente jovens qualificados e com qualificação superior, e ao mesmo tempo permitir que as organizações de economia social - que têm um papel cada vez mais fundamental na promoção da coesão social do nosso país - possam capacitar-se mais em termos das suas próprias competências e da qualidade dos serviços que prestam", declarou a ministra Helena André.
Falando aos jornalistas no final da cerimónia destinada a assinalar o arranque das candidaturas dos jovens ao Inov-Social, em Lisboa, a governante reiterou que é propósito do Governo, ao lançar este programa, "aliar a inovação e o empreendedorismo que os jovens trazem àquilo que é um serviço que tem que ser cada vez de maior qualidade e que é prestado pelas organizações
da economia social".
Rejeitou assim que o programa seja um "paliativo" para escamotear a situação do desemprego entre os jovens e lembrou que a medida Inov tem tido uma taxa de inserção muito elevada, quase de 70 por cento.
"Eu não sei se é correcto dizer que é um paliativo, entendo que não, porque a escolha é entre estar desempregado ou ter uma actividade dentro de um estágio profissional", disse.
A titular da pasta do Trabalho e da Solidariedade Social aproveitou a ocasião para anunciar uma nova medida de apoio aos jovens, mas sem avançar pormenores, uma vez que esta "ainda está em estudo".
"Neste momento estamos a estudar a viabilidade de lançar um programa para jovens do secundário da área profissional e da área tecnológica que possa também apoiar a sua inserção na vida activa e as parcerias a desenvolver nesta matéria serão entre as empresas e as escolas", anunciou Helena André. "Não posso ainda quantificar esta medida porque está em fase de estudo", rematou a ministra.
Data de introdução: 2010-01-14