INTERNACIONAL

Chile pede ajuda internacional perante sismo que fez 711 mortos

"O número actualizado é de 711 mortos", disse à imprensa a directora do gabinete nacional de emergência, Cármen Fernandez. A presidente chilena, Michelle Bachelet, anunciou domingo um balanço de 708 mortos, mas advertiu que ele ia certamente aumentar dado o "número crescente de desaparecidos".

Ao todo, cerca de dois milhões de pessoas foram afectadas pelo sismo, o que corresponde a um em cada oito chilenos.

A directora Cármen Fernandez aconselhou prudência às pessoas que voltaram ao trabalho, alertando para o risco de queda de vidros ou mobiliário e de fugas de gás nos edifícios danificados.

Pedido de ajuda internacional

O governo chileno pediu hoje, segunda-feira, oficialmente, ajuda internacional para fazer face aos danos provocados pelo sismo de 8,8 graus na escala aberta de Richter.

A porta-voz do Gabinete de coordenação de assuntos humanitários da ONU (OCHA), Elisabeth Byrs, disse à imprensa que "o governo (chileno) pediu ajuda internacional" e "forneceu uma lista com as prioridades".

Elisabeth Byrs acrescentou que a ONU está agora "pronta para agir" e vai começar a enviar a ajuda rapidamente. "Estamos preparados para dar assistência. Pode ser muito rápido, porque os peritos estão de prevenção".

O governo chileno definiu como prioridades da ajuda pontes temporárias, hospitais de campanha, telefones satélite, geradores eléctricos, equipas de avaliação de danos, sistemas de purificação de água, cozinhas de campanha e centros de diálise, segundo a porta-voz.

Dois dias depois do sismo, duas regiões do país foram colocadas em "estado de excepção", Maule e Bio Bio. A capital desta, Concepción, uma cidade com meio milhão de habitantes a cerca de 400 quilómetros a sul da capital, está sob recolher obrigatório para evitar novas pilhagens.

Responsáveis da ONU e da Cruz Vermelha indicaram que a magnitude da destruição provocada pelo sismo se mantém imprecisa, sublinhando que as réplicas são um risco permanente e que há várias "áreas silenciosas" que continuam sem contacto com o mundo exterior.

Fonte: Jornal de Notícias

 

Data de introdução: 2010-03-01



















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