A primeira unidade de Cuidados Continuados do concelho de Viana do Castelo, com um total de 32 camas, abre até final do ano, construído com o apoio de donativos semanais de "um euro". "Tem sido um apoio muito importante. Estamos a falar de pessoas que nos dão o que podem, um euro por semana, para ajudar a construir este espaço, mas é pena que os mais abastados näo o façam também", explicou à Agência Lusa o padre Manuel Fraga.
O presidente do Centro Paroquial Promoção Social Cultural de Darque garante tratar-se de um investimento de três milhões de euros que, "até ao final do ano, entrará em funcionamento".
Além das 32 camas para cuidados continuados, o edifício, em fase final de conclusão na freguesia de Darque, vai disponibilizar outras 32 camas para lar de idosos e condições para apoiar ao domicílio cerca de 100 pessoas.
Do total de investimento, 60 por cento serão assegurados pela Segurança Social, na componente de apoio a idosos, e pela Administração Regional de Saúde do Norte, para os cuidados continuados.
Á instituição, caberá uma comparticipação de 1,2 milhões de euros, verba assegurada com peditórios e donativos, também da Junta de Freguesia.
A câmara de Viana do Castelo aprovou esta semana assumir os custos com os arranjos exteriores do espaço, na Quinta do Sequeiro, um terreno com 10.500 metros quadrados, adquirido pela paróquia por 350 mil euros. "A população tem ajudado muito, podemos agradecer bem porque sabem que também podem vir a precisar deste equipamento", garante o pároco, admitindo a criação de cerca de meia centena de postos de trabalho.
Nomeadamente através da unidade de cuidados continuados, com uma equipa de sete enfermeiros e 14 auxiliares, mas também no novo refeitório social, que servirá aquela que é uma das mais maiores freguesias da região.
Durante o mês de Setembro, a instituição, garante o padre Manuel Fraga, deverá lançar a construção, no mesmo equipamento, de uma creche para 60 crianças, num investimento de 600 mil euros.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados foi criada em 2006 pelos ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade Social, com o objectivo de permitir aos utentes recuperarem a autonomia para as actividades da vida diária e reduzirem o seu grau de dependência. Desta forma, libertam os recursos hospitalares e a recuperação é feita
"mais próxima de casa".
Data de introdução: 2011-08-26