FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO

Três milhões de euros para estimular o concelho

A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo apresentou um plano de desenvolvimento para cinco anos em que as principais prioridades são a fixação de população jovem, a criação de postos de trabalho e o desenvolvimento do turismo. Neste projecto vão ser investidos três milhões de euros.
 
Estes objectivos inserem-se num Plano de Desenvolvimento Económico e Social (PDES), que pretende integrar os sectores da educação, serviços sociais, turismo, agricultura, caça, natureza, pecuária, pesca, desporto, artesanato e actividades diversas. Para isso, o autarca conta com verbas do IV Quadro Comunitário de Apoio (QCA) a que o projecto vai ser candidato.
 
Através desta iniciativa, o município quer envolver o Governo mas também as instituições particulares de solidariedade social, empresas públicas e privadas, empresários, autarquias locais, a própria Câmara Municipal e associações.
 
Armando Pinto Lopes, o autarca de Figueira de Castelo Rodrigo, espera que Governo e empresas públicas invistam na reabilitação da linha-férrea do Douro entre Pocinho (Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), na reabilitação da ponte ferroviária desta localidade sobre o rio Águeda, que liga Portugal a Espanha, no redimensionamento do Plano de Navegabilidade do Douro e na ampliação do cais turístico-fluvial de Barca d’Alva.
 
A cedência dos imóveis e terrenos da antiga gare da CP nesta povoação para fins turísticos e de animação é outro objectivo que pretende alcançar. Entende que a administração central deve ainda desenvolver o projecto de construção de uma barragem em Quintã de Pêro Martins, no rio Côa, construir o aeródromo de Alto Leomil (concelho de Almeida), construir o Itinerário Complementar 34, entre Almendra (Foz Côa) e Barca d’Alva, e melhorar e as ligações a Pinhel (EN-221) e a Barca d’Alva (EN-332).
Por outro lado, considera que os empresários poderão incumbir-se da exploração da linha ferroviária do Douro que liga a Barca d’Alva e criar o que designa por "Expresso do Douro", além do aproveitamento da antiga gare para Estalagem e dos edifícios do cais da mesma estação ferroviária para uma Pousada da Juventude, com possibilidade ainda de construção de um parque de campismo ribeirinho do Douro.
 
O autarca encara a construção do Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa, a construir perto de Foz Côa, como uma "mais valia" para o desenvolvimento do concelho e da região, complementado pelo "real aproveitamento da navegabilidade do Douro e melhoria da rede rodoviária". "É possível uma afluência de 100.000 turistas anuais ao concelho se metade dos visitantes do futuro museu aqui se deslocar", acentuou Armando Pinto Lopes.
 
No âmbito do PDES, a Câmara Municipal ficará incumbida da ampliação do parque desportivo e de lazer e de um parque de campismo da aldeia histórica de Castelo Rodrigo, da criação de uma Escola de Artes e Ofícios Tradicionais, de uma Quinta Pedagógica, do Museu Rural e do Museu da Natureza.
 
Caberá também à autarquia o aproveitamento do espaço envolvente da barragem de Santa Maria de Aguiar e desta reserva de água para regadio, bem como a construção do espaço de lazer "O Mundo dos Pequenitos".
 
A edilidade tenciona ainda promover a valorização, transformação e comercialização de produtos regionais e da terra através de uma empresa municipal constituída para o efeito. O presidente do município acredita que a concretização do PDES vai "aproveitar de forma integrada os recursos locais, físicos e naturais do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, criar cerca de três centenas de postos de trabalho, fixar a população jovem, fomentar o turismo cultural e de natureza". 

 

Data de introdução: 2004-10-22



















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