O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade considerou que a “situação do País é extremamente grave” e que Portugal está «a caminhar pacificamente para o empobrecimento colectivo”. “É preciso contrariar isso”, disse Lino Maia, antes de reunir com o secretário-geral do PS, na sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, no Porto. O responsável explicou que as instituições “não são problema, são solução, mas neste momento estão com imensas dificuldades para continuar a ser solução”. Quando questionado sobre se as Instituições Particulares de Segurança Social estão com “a corda ao pescoço”, Lino Maia disse que “a corda está bastante apertada e o que vale é que o coração está abaixo do pescoço e tem superado a razão”, sublinhando “o voluntariado e o grande sentido patriótico” demonstrado pelas instituições.
O padre Lino Maia criticou ainda a descida da Taxa Social Única (TSU). “É um impacto negativo.” “Podia ser sedutor para as instituições que vivem com imensas dificuldades, mas penso que foi uma medida não muito oportuna, num contexto que estou convencido que da parte do Governo não há atitude de força, penso que vai haver moderação e que é necessária”, diz o presidente da CNIS, com esperança de que haja ainda um recuo por parte do Governo.
Sobre a intenção anunciada pelo PS de votar contra o próximo Orçamento do Estado, Lino Maia considerou que o partido "quis dar um sinal muito claro e mostrar ao Governo que é importante, neste momento, ponderar". "Compreendo a posição do PS, respeito-a, porque naturalmente que o secretário-geral do PS ponderou muito bem a decisão", acrescentou. Lino Maia considerou ainda que Portugal precisa de "um governo com sentido patriótico e tem-no, muito embora lhe possa faltar alguma ponderação".
O líder socialista defendeu a criação de uma linha de crédito de ajuda à Instituições Particulares de Segurança Social, que estão em maiores dificuldades económicas. António José Seguro entende que seria importante a criação desta linha de crédito para instituições com “dificuldades em satisfazer os seus compromissos com os bancos” “Não é preciso muito dinheiro para as poder desafogar neste momento, porque se poderem viver numa situação de desafogo de certeza que prestam um serviço melhor às pessoas e com mais qualidade”, sublinhou.
O secretário-geral do PS esteve reunido no Porto com o presidente da CNIS.
Data de introdução: 2012-09-19