Já está no terreno o terceiro programa de Formação Acção Solidária (FAS), depois de aprovadas as candidaturas das 81 IPSS contempladas (38 Norte, 27 Centro, 14 Alentejo e 2 Algarve) e de realizada a apresentação oficial, que decorreu em Fátima, no passado dia 25 de Fevereiro, na presença do presidente da CNIS, padre Lino Maia, e da equipa do projecto, liderada por Palmira Macedo, assessora da CNIS, e que integra ainda Américo Mendes e António Batista, da Universidade Católica, do Porto, entidade parceira em mais esta acção de formação.
Assegurar a sustentabilidade económico-financeira das instituições é a prioridade e o grande propósito do FAS3, que tem, tal como nos dois programas anteriores, como objectivos gerais o aumento da qualificação de trabalhadores e dirigentes, a introdução de mudanças organizacionais e a melhoria da qualidade dos serviços prestados.
No seguimento das duas acções anteriores, os responsáveis da CNIS concluíram que a grande preocupação do universo das instituições filiadas na CNIS prendia-se com a sustentabilidade económico-financeira e demais questões que a influenciam, pelo que esta acção se centra-se nesse objectivo mais específico.
“As acções de disseminação dos projetos FAS ao conjunto das IPSS associadas da CNIS tornaram mais evidente a necessidade de uma formação que responda às necessidades específicas de cada uma das destinatárias, que melhore o desempenho das pessoas que nelas trabalham, que melhore a qualidade dos serviços prestados e que assegure a sustentabilidade das IPSS, objetivo primeiro deste projeto”, defendeu, na apresentação em Fátima, a responsável da CNIS pelo programa, que acrescentou: “É fundamental dedicar uma atenção especial às qualidades humanas e profissionais dos colaboradores e dos dirigentes. Por isso, o FAS3 tem como enfoque fundamental o reforço de competências e capacidades dos dirigentes das instituições como gestores de facto das instituições e, em simultâneo, responsáveis pelas estratégias de sustentabilidade e viabilidade por elas implementadas”.
É nesse sentido, ainda segundo Palmira Macedo, que a CNIS propõe que “o novo projecto FAS3 centre a sua intervenção na sustentabilidade, suas várias vertentes e implicações, criando condições técnicas e organizacionais para o desenvolvimento de uma intervenção mais qualificada e adequada, em resposta aos desafios actuais com que as instituições têm de lidar”.
Assim, ao longo de 18 meses serão desenvolvidas diversas acções de formação padronizada e cursos de gestão para dirigentes [ver texto anexo].
A Formação Acção em cada uma das 81 IPSS será assegurada por entidades formadoras devidamente habilitadas para o efeito e enquadradas pela equipa técnica do projecto e pelos consultores.
Num processo de constante melhoria, para que os projectos FAS sejam cada vez mais eficazes e eficientes, a CNIS tem procurado introduzir alterações, o que faz com que este terceiro programa seja, segundo Palmira Macedo, “mais exigente do que os outros dois anteriores”.
A sessão de apresentação do FAS3 terminou com um período de perguntas e respostas em que os dirigentes e técnicos das IPSS colocaram as primeiras dúvidas sobre a execução da formação, denotando um grande empenhamento e interesse pelo projecto.
Por seu turno, na sessão de abertura às IPSS presentes em Fátima, o padre Lino Maia enquadrou a necessidade deste tipo de formação, recordando que “as instituições precisam de recursos, mas têm que continuar a privilegiar os mais carenciados”.
“Precisamos de meios e que estes sejam bem geridos e teremos ainda que inventar formas de sustentação das IPSS. Trabalhando com os utentes, os funcionários e os dirigentes conseguimos fazê-lo melhor”, defendeu o presidente da CNIS, que finalizou dizendo: “O FAS3 é o da sustentabilidade, é o FAS com… as pessoas, para ter bons resultados”.
Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)
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