CNIS

Acordo firmado com Montepio Geral em benefício das IPSS

Cerca de quatro meses volvidos sobre o primeiro encontro preparatório, o protocolo entre a CNIS e o Montepio Geral (MG) está assinado. O padre Lino Maia, pela Direcção da CNIS, e António Tomás Correia, pela administração do MG, selaram o acordo, acto testemunhado por alguns membros das respectivas instituições.
Proferindo algumas palavras a propósito do protocolo, antes de lhe colocarem a chancela, o líder da CNIS mostrou-se agradado com o mesmo, considerando-o um instrumento muito útil para as IPSS, enquanto Tomás Correia sustentou que o documento corporiza a natureza da instituição a que preside, também ela um agente da Economia Social.
“Este protocolo define um conjunto de produtos e serviços financeiros, em condições vantajosas, que o Montepio vai colocar à disposição de todas as associadas da CNIS”, clarificou o responsável pelo MG, que justificou: “Nós estamos em muito melhores condições de perceber o sentimento que se desenvolve nas instituições sociais que, como nós, são formadas por pessoas que emanam da sociedade civil, que funcionam de acordo com regras básicas que são próprias deste tipo de instituições, portanto o facto de assinarmos este protocolo é mais um elemento de afirmação do Montepio como instituição da Economia Social, como instituição de pessoas, que quer ser referência e parceira de todas as instituições que fazem parte deste segmento”.
Para o presidente do MG, “pela sua natureza, o Montepio não pode deixar de aspirar a ser o grande banco da Economia Social em Portugal e de todas as instituições da Economia Social, das IPSS, das Misericórdias, das Mutualidades, das colectividades de Cultura e Recreio, etc”.
Do lado das instituições sociais, o agrado é grande com este novo protocolo, como referiu, ao SOLIDARIEDADE, o padre Lino Maia: “Estou muito satisfeito com este protocolo, porque o Montepio é uma instituição que se situa na área da Economia Social. Penso que, muito embora haja muitas famílias neste sector, que é muito importante e está numa fase de franca expansão e afirmação, termos uma instituição bancária nesta área que está a apostar muito no Sector Solidário é mutuamente vantajoso. Temos a garantia que falamos a mesma linguagem, embora haja preocupações diferentes, mas não opostas. Certamente que será um caminho muito bom este que vamos percorrer e de que auferirão vantagens as IPSS que vivem com muitas dificuldades. Para estas, ter uma instituição bancária em que possam confiar é muito importante”.
Para o presidente da CNIS “é importante e vantajoso” para as IPSS o Montepio ser “um parceiro da família”, argumentando: “Temos linguagens semelhantes e afins, temos preocupações comuns, temos mais intervenções condizentes e convergentes, pelo que há muita coisa que nos aproxima”.
Tomás Correia partilha desta opinião, sublinhando: “O Montepio tem um olhar diferente sobre as instituições da Economia Social e vai reforçar esse olhar diferente. E quanto mais perto estiver das instituições, melhor entende o papel de todas elas e melhor será o serviço e os produtos disponibilizados”.
Antevendo que a parceria agora firmada “se estenda pela eternidade”, Tomás Correia afirmou: “O Montepio nada mais pretende do que desenvolver produtos e serviços que sejam disponibilizados e que funcionem à dimensão humana. Não faz sentido que organizações, como o Montepio, quando desenvolvem produtos e serviços para as instituições da Economia Social, estes não sejam mais favoráveis do que as alternativas disponíveis no mercado”.
Com a assinatura do protocolo com o Montepio Geral, a CNIS termina um acordo que durava há seis anos com outra instituição bancária.
“Gostava de sublinhar que foi importante o acordo que tivemos com o BES e que até podia prolongar-se, pois esteve em vigor durante seis anos. Genericamente as IPSS beneficiaram, mas tudo tem o seu tempo e esse acordo chegou ao seu fim”, referiu o padre Lino Maia, que, no entanto, não deixou de apontar uma lacuna: “Ao mesmo tempo também fiquei algo desagradado, porque a exclusividade que existia devia comprometer ambas as partes e aí houve uma falha”.

P.V.O.

 

Data de introdução: 2013-05-27



















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