Os Tribunais e os subsídios para as IPSS

Lemos no Expresso que o Tribunal de Relação de Lisboa condenou Miguel Sousa Cintra a pena de prisão suspensa com a condição de que entregue 499 mil euros a quatro instituições de solidariedade: Liga Portuguesa contra o Cancro, Associação CAIS, Refugio Aboim Ascenção e Casas de São Vicente de Paulo.

É uma notícia que nos agrada esperando que no futuro outros tribunais tomem idênticas decisões.
A notícia deixa-nos no entanto a dúvida sobre os critérios que levaram os juízes a optar por estas quatro instituições.

Na atribuição de dinheiros públicos todos exigimos processos claros, transparentes, com regras definidas, onde todos sejam tratados de forma justa, sem compadrios, nem favorecimentos discriminatórios.

Admitimos que o Tribunal de Relação tenha feito a escolha das quatro instituições premiadas com base em critérios de justiça relativa.

Parece-nos que há todo o interesse em que os fundamentos desta selecção sejam de conhecimento de todas as Instituições Privadas de Solidariedade Social que poderão sentir-se habilitadas a ser beneficiárias de decisões semelhantes dos Tribunais.

A falta de informação não pode criar a ideia que esta distribuição de dinheiro pelos tribunais assenta em mecanismos aleatórios ou em julgamentos de duvidosa notoriedade pública.

Ficamos à espera que as competentes hierarquias judiciais esclareçam a opinião pública.

* Médico. Presidente da Direcção da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo (ADFP)

 

Data de introdução: 2005-02-10



















editorial

2025: A ESPERANÇA NÃO ENGANA?

O ano 2025 já segue o seu curso e a esperança não pode enganar… Agora é tempo das decisões. Decisões que já tardam porque a imprevisibilidade agrava a insustentabilidade…

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Imigração: O exemplo tem que vir de cima
Um velho provérbio diz-nos que quem está mal, muda-se. É o que fazem milhões de pessoas em todo o mundo, há séculos a esta parte. São muitos, mas não...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Um Ano Novo vem aí!
Nas duas últimas semanas, circularam mensagens de Boas Festas, muitas delas simplesmente impressas sem sequer terem a assinatura do remetente e algumas até sem palavras mais personalizadas.