No preciso momento em que escrevo esta crónica, está a decorrer a MARCHA DA SOLIDARIEDADE que, após ter percorrido o distrito da Guarda, avançou para Bragança, Vila Real, Braga, Viana do Castelo para concluir no Porto com um grande Congresso nos dias 6 e 7 de junho. É a sétima marcha da solidariedade, circunstância que demonstra bem a consistência da iniciativa e a adesão que sempre teve ao percorrer todos os distritos do país. Em boa hora os dirigentes da CNIS conceberam e puseram em curso este autêntico MOVIMENTO que, qual chama olímpica, elege a SOLIDARIEDADE como uma CAUSA que milhares e milhares de dirigentes e trabalhadores de IPSS abraçam no seu dia-a-dia, em regime de VOLUNTARIADO e de GRATUITIDADE!
Assim como o país tem os BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS para os incêndios e catástrofes, também as populações podem contar com este gigantesco exército de VOLUNTÁRIOS DAS IPSS para ir dando a mão quem vai sendo deixado nas margens de muitas exclusões e pobrezas!
É bom, mesmo muito bom que toda esta gente sinta que está a corresponder a um apelo lancinante do Papa Francisco incitando crentes e não crentes a deslocarem-se para as “periferias existenciais” que vão desumanizando, pelo mundo inteiro, milhões e milhões de seres humanos!
Ao mesmo tempo que se pretende manter acesa esta chama da SOLIDARIEDADE SOCIAL, convém não embarcar num certo discurso de alguns políticos que querem os louros de terem aumentado o “orçamento da ação social”, através do qual financiam as IPSS pelo trabalho desenvolvido, esquecendo-se de que, ao mesmo tempo (e de forma injusta) vão retirando ou diminuindo drasticamente a muitas pessoas o que lhes seria devido pelo pagamento dos seus direitos de proteção social, tais como: abonos de família, complemento solidário para idosos, subsídios de desemprego, rendimento social de inserção, etc, etc!
Uma política social que se preze, em vez de aumentar as verbas para a “sopa dos pobres”, deverá garantir trabalho e fruição dos direitos sociais que “permita aos pobres comprarem a sua própria sopa”!
Um abraço imenso para toda a FAMILIA DA SOLIDARIEDADE.
Pe. José Maia
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