FESTA DOS AVÓS

Papa pede que lares de idosos sejam casas e não prisões

O papa Francisco pediu que os lares de idosos sejam "realmente casas e não prisões", durante o discurso que fez na Praça de São Pedro por ocasião da "Festa dos Avós". Perante cerca de 40.000 idosos que e encheram a praça, o pontífice argentino disse: "não podem existir centros onde os anciãos vivam esquecidos e escondidos". "As residências devem ser pulmões da humanidade num país, num bairro ou numa paróquia. Devem ser santuários de humanidade onde quem é velho e débil é cuidado como um irmão mais velho", acrescentou.
O pontífice argentino reiterou a sua denúncia à chamada "cultura do descarte" e assegurou que o abandono dos idosos é como uma "eutanásia escondida".
Para o papa Francisco, "um povo que não protege os seus avós e não os trata bem é um povo que não tem futuro. Não tem futuro porque perde a memória e separa-se das suas raízes". "Uma das coisas mais bonitas numa família é poder acariciar uma criança e deixar-se acariciar pelo avô ou pela avó", disse.
Durante a cerimónia, que foi amenizada por cantores como o tenor Andrea Bocello, Massimo Ranieri e Claudio Baglioni, tomaram a palavra várias famílias que relataram o seu testemunho. 
Entre estas encontrava-se um casal de idosos cristãos oriundos de Erbil, no Curdistão iraquiano, ambos de 70 anos e pais de dez filhos, que tiveram que fugir daquela região em agosto, por causa da perseguição dos extremistas do Estado Islâmico. Referindo-se a este casal, o pontífice assegurou que "a violência contra os idosos, tal como contra as crianças, é algo desumano". "A velhice é um tempo de graça, na qual o Senhor nos renova a sua chamada e nos diz que transmitamos a fé, e rezemos e intercedamos por quem tem necessidades", expressou. 
O papa destacou que os idosos são quem tem que "transmitir a experiência da vida, a história da família, da comunidade, de um povo e partilhar sabedoria". "Que sorte as famílias que têm os avós perto. Os avós são pais duas vezes", acrescentou.

 

 

Data de introdução: 2014-09-28



















editorial

NO CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL

(...) Saudar Abril é reconhecer que há caminho a percorrer e seguir em frente: Um primeiro contributo será o da valorização da política e de quanto o serviço público dignifica o exercício da política e o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Liberdade e Democracia
Dentro de breves dias celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Muitas serão as opiniões sobre a importância desta efeméride. Uns considerarão que nenhum benefício...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Novo governo: boas e más notícias para a economia social
O Governo que acaba de tomar posse tem a sua investidura garantida pela promessa do PS de não apresentar nem viabilizar qualquer moção de rejeição do seu programa.