De 5 a 19 de outubro do ano em curso, vai decorrer em Roma a III Assembleia Extraordinária que tem por missão preparar o Sínodo dos Bispos no próximo ano, no qual serão analisados os inquéritos solicitados pelo Papa Francisco, logo no início do seu pontificado, tendo como preocupação ouvir de toda a gente quais são os maiores desafios que a “instituição família” coloca à Igreja e à Sociedade. Para além de dois problemas que são a primeira razão da preocupação do Papa (como interpretar, à luz da teologia e da moral, a impossibilidade de poderem confessar-se e comungar pessoas que, tendo estado casadas pela Igreja, se tenham divorciado e recasado). Naturalmente que, para além destas questões, existem bastantes mais desafios que a nova organização da estrutura familiar dos tempos que vivemos colocam a toda a sociedade e que, no entender do Papa Francisco, devem ser analisados e merecer uma orientação pastoral da Igreja.
A Igreja é frequentemente é acusada de, muitas vezes, se assumir como uma espécie de “condomínio fechado”, preocupada apenas com os seus dogmas e muito a leste dos problemas concretos de pessoas e famílias, que gostariam de a ver como “mestra” (que tem doutrinas e princípios) mas também como “mãe”- e não madrasta-, na forma de se relacionar com o grande rebanho que é o Povo de Deus.
Este gesto é mais um sinal de grande esperança, para crentes e não crentes. Que bom é termos o privilégio histórico de podermos contar, na liderança da Igreja Católica, com um HOMEM como o Papa Francisco.
Que Deus o proteja dos “doutores da lei e dos falsos profetas” que, agora como no tempo de Jesus, lhe vão complicar a missão de “falar dos problemas dos homens a Deus”, sem deixar também de “falar de Deus (o Deus verdadeiro) aos homens”.
Pe. José Maia
Não há inqueritos válidos.