JULHO 2025

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso com o universo de interesses que definem a nossa ação social: infância, juventude, apoio à família, desenvolvimento comunitário e capacitação institucional.
A educação, em todas as fases da vida, é o motor que transforma o indivíduo, a comunidade e a sociedade. É ela que permite que cada criança, independentemente das suas condições económicas, aceda a uma aprendizagem sólida, com capacidade de gerar diferenciação e oportunidades futuras.
As Instituições de Solidariedade Social têm sido, ao longo das últimas décadas, um pilar silencioso, mas firme, na construção de uma sociedade mais justa e mais coesa. As IPSS assumem diariamente um papel insubstituível na promoção de oportunidades educativas que vão muito além da sala de aula. Através das creches, jardins de infância, centros de atividades de tempos livres, residências para jovens ou programas comunitários, constroem relações, despertam talentos, cultivam valores e fortalecem comunidades.
Educar é, por isso, uma missão que exige tempo, consistência e sentido de comunidade. E é justamente neste âmbito que as IPSS têm um papel diferenciador: são estruturas de proximidade, enraizadas nas comunidades, capazes de responder de forma ágil, contextualizada e com uma abordagem holística. São espaços onde as famílias encontram apoio, onde os mais novos crescem em segurança, onde se constroem percursos de vida estruturados.
Numa época marcada por profundas transformações sociais, tecnológicas e culturais, a educação assume-se como um desafio ainda mais urgente. O mundo exige competências novas, pensamento crítico, sensibilidade intercultural, capacidade de adaptação e, sobretudo, confiança. Estes são traços que se cultivam desde cedo, em ambientes educativos humanizados — como aqueles que tantas IPSS oferecem, todos os dias, de forma discreta, mas essencial.
Cabe-nos, enquanto setor, continuar a inovar, a aprender, a fortalecer as nossas respostas educativas, sempre com foco nas necessidades reais das pessoas e das comunidades. A educação é uma semente que se lança com esperança — e o setor solidário é terra fértil para que ela cresça com raízes profundas e frutos duradouros.
A CNIS continuará a apoiar e a dar voz às instituições que, no silêncio do seu trabalho diário, fazem da educação uma prática de solidariedade ativa, de compromisso ético e de transformação social. A educação é um investimento no futuro — e o setor social é, sem dúvida, um parceiro privilegiado para esta missão.

 Ana Maria Lima, Vogal da Direção da CNIS

 

Data de introdução: 2025-07-10



















editorial

Mobilidade sustentável e acessível

Mobilidade sustentável e acessível para todos é o conceito de transporte que visa equilibrar as necessidades de deslocação de pessoas e mercadorias com a importância da preservação ambiental, alinhando aspetos...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A greve geral que o governo pediu
Portugal vive a 11 de dezembro mais uma greve geral, uma dúzia de anos depois da última e num contexto económico e social que se diria não justificar tão forte ato de...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Voluntariado de proximidade: missão das IPSS na era digital
A propósito do Dia Internacional dos Voluntários, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que decorreu no passado dia 5, permitam-me que volte a este...