Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso com o universo de interesses que definem a nossa ação social: infância, juventude, apoio à família, desenvolvimento comunitário e capacitação institucional.
A educação, em todas as fases da vida, é o motor que transforma o indivíduo, a comunidade e a sociedade. É ela que permite que cada criança, independentemente das suas condições económicas, aceda a uma aprendizagem sólida, com capacidade de gerar diferenciação e oportunidades futuras.
As Instituições de Solidariedade Social têm sido, ao longo das últimas décadas, um pilar silencioso, mas firme, na construção de uma sociedade mais justa e mais coesa. As IPSS assumem diariamente um papel insubstituível na promoção de oportunidades educativas que vão muito além da sala de aula. Através das creches, jardins de infância, centros de atividades de tempos livres, residências para jovens ou programas comunitários, constroem relações, despertam talentos, cultivam valores e fortalecem comunidades.
Educar é, por isso, uma missão que exige tempo, consistência e sentido de comunidade. E é justamente neste âmbito que as IPSS têm um papel diferenciador: são estruturas de proximidade, enraizadas nas comunidades, capazes de responder de forma ágil, contextualizada e com uma abordagem holística. São espaços onde as famílias encontram apoio, onde os mais novos crescem em segurança, onde se constroem percursos de vida estruturados.
Numa época marcada por profundas transformações sociais, tecnológicas e culturais, a educação assume-se como um desafio ainda mais urgente. O mundo exige competências novas, pensamento crítico, sensibilidade intercultural, capacidade de adaptação e, sobretudo, confiança. Estes são traços que se cultivam desde cedo, em ambientes educativos humanizados — como aqueles que tantas IPSS oferecem, todos os dias, de forma discreta, mas essencial.
Cabe-nos, enquanto setor, continuar a inovar, a aprender, a fortalecer as nossas respostas educativas, sempre com foco nas necessidades reais das pessoas e das comunidades. A educação é uma semente que se lança com esperança — e o setor solidário é terra fértil para que ela cresça com raízes profundas e frutos duradouros.
A CNIS continuará a apoiar e a dar voz às instituições que, no silêncio do seu trabalho diário, fazem da educação uma prática de solidariedade ativa, de compromisso ético e de transformação social. A educação é um investimento no futuro — e o setor social é, sem dúvida, um parceiro privilegiado para esta missão.
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