É conhecido o ditado: “gaivotas em terra, tempestade no mar”!
Parafraseando, num outro contexto, esta mensagem das gaivotas, que tal esta provocação: “abutres financeiros à solta, multidões de pobres e explorados em risco”?!
Nos últimos tempos, a opinião pública tem acompanhado, com atenção e repúdio, as audições que a comissão parlamentar de apuramento ao que se passou com a família Espírito e Companhia Limitada tem vindo a realizar, há meses, na Assembleia da República.
De passagem, é de salientar o excelente e muito bem documentado trabalho dos deputados desta Comissão.
Em relação ao desfile parlamentar de tantas pessoas relacionadas com o universo da alta finança e, de modo especial, com a nata de tantos gestores de topo, de peito enfeitado com tantas condecorações e com as suas contas bancárias recheadas com indecorosas mordomias de dinheiro que não ganharam com o seu trabalho, apetece perguntar: em nenhum momento se interrogaram sobre as tristes e provocadoras respostas que têm andado a dar à comissão?
Permito-me utilizar esta página do SOLIDARIEDADE para lhes recomendar uma leitura atenta destes dois textos bíblicos:
“O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós” (Tiago, 5,3);
“O salário que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama e os seus gritos chegaram aos ouvidos do Senhor” (Tiago, 5,4).
Pe. José Maia
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