O Centro Social de Ermesinde celebrou 60 anos de vida, numa cerimónia em que foram ainda homenageados os funcionários com 20 e mais anos de casa.
Após o ato em que a Direção distinguiu os referidos colaboradores da instituição, seguiu-se um almoço convívio que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, do presidente e do presidente-adjunto da CNIS padre Lino Maia e João Dias, respetivamente, do presidente da UDIPSS Porto, padre José Baptista, da Direção do Centro Social de Ermesinde, encabeçada pelo seu líder máximo Henrique Rodrigues, e ainda diversos representantes do poder local e das autoridades municipais.
Em brevíssimas alocuções, o edil de Valongo sublinhou o importante papel social desenvolvido pela instituição de Ermesinde e ainda um profícuo trabalho levado a efeito pela CNIS na defesa dos mais desfavorecidos, enquanto o padre Lino Maia enfatizou a importância dos trabalhadores das IPSS, em particular os do Centro Social de Ermesinde ali homenageados, recordando que sem eles a ação das instituições do Setor Social Solidário não seria possível.
Recorde-se que tudo começou em 1949 com a Sopa dos Pobres de Ermesinde e que seis anos volvidos daria origem ao Centro Social de Ermesinde.
Apesar de ser uma instituição que nasceu à sombra do impulso da Sopa dos Pobres, movimento que percorreu Portugal no final da década de 1940, início da de 1950, impulsionado pelo padre Américo Aguiar, portanto com algumas conotações religiosas, surgiu como uma organização da sociedade civil de Ermesinde.
Esta tem sido a matriz da instituição que, como disse ao SOLIDARIEDADE, o seu presidente, “está muito enraizada na sociedade de Ermesinde, mas igualmente muito ligada aos valores mais tradicionais que fizeram esta terra”.
O Centro Social de Ermesinde procura preservar esses ideais que desde início guiam a instituição: “Procuramos que esses valores que enformam a nossa maneira de estar no Mundo também sejam a forma de atuar e o quadro de referência do Centro. É importante que as IPSS promovam a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento social, a consciência cívica e a defesa e consciência dos direitos sociais das pessoas, mas não se pode esquecer que havendo necessidades imediatas do ponto de vista físico, a nível de comida e vestuário, a rede tem que funcionar nesse primeiro nível”.
A celebração terminou com uma pequena atuação do Grupo Tocátocar, da Associação Académica e Cultural de Ermesinde.
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