UDIPSS PORTO

Em prol da Inovação Social

É conhecido o entusiasmo da UDIPSS Porto pela Inovação Social e a aposta na sua promoção junto dos agentes da Economia Social. Nesse sentido, esta terça-feira decorreu no Grande Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), uma sessão de apresentação do Portugal Inovação Social, iniciativa que pretende apoiar ações de inovação e empreendedorismo social, no âmbito do Portugal 2020 e cuja dotação financeira de 150 milhões de euros.
Para tal a UDIPSS Porto convidou o presidente da comissão diretiva do Portugal Inovação Social (PIS), Filipe Santos, que explicou aos presentes o que é isso da Inovação Social e que caminhos podem ser trilhados para obter apoio através do programa que dirige.
“Inovação Social é criar soluções para problemas negligenciados na sociedade e que são sustentáveis”, começou por dizer Filipe Santos, alertando que “não há mercado fácil para as inovações sociais”, daí surgir o PIS, que, segundo o seu presidente, deverá abrir candidaturas já no segundo trimestre do corrente ano.
Por entre exemplos de projetos já concretizados, Filipe Santos descreveu aos presentes as características que devem ter as iniciativas candidatas a apoio no âmbito do Portugal Inovação Social. Assim, as mesmas devem: estar focadas numa missão social, procurando resolver problemas importantes e negligenciados da sociedade; ser inovadoras, por serem pioneiras a nível mundial ou nacional, ou por serem réplicas pioneiras a nível regional de inovações sociais com impacto validado; ter um modelo passível de ser sistematizado e replicado num contexto mais vasto, dada a natureza do problema que abordam e da solução que propõem; procurar medir e validar o seu impacto, de forma a melhorarem continuamente o seu desempenho e a mobilizarem mais recursos; e adotar estratégias de implementação com mecanismos que promovam a sustentabilidade económica, através da eficiente mobilização de recursos, geração de receitas, ou poupança na despesa pública.
Todo este contexto é passível de ser apoiado ao longo do tempo e nas diversas fases de implementação do projeto, como explicou Filipe Santos, a propósito dos tipos de financiamento possíveis e que são quatro: Capacitação para o investimento inicial, que pode ir até 50 mil euros, abrange sete áreas e consiste no apoio à alavancagem do projeto, portanto, aplica-se à fase de lançamento; Parcerias para o Impacto, ou seja, cofinanciamento filantrópico, e aplica-se mais à fase de consolidação do projeto; Títulos de Impacto Social, fórmula em que o investidor aposta no projeto e, se este cumprir os objetivos de impacto, o PIS reembolsa o investidor; e, por fim, Fundo de Inovação Social, que envolve já grande investidores financeiros, como bancos, seguradoras, etc., e que se aplica à fase de expansão do negócio social.
No encontro na FEUP, foram apresentados alguns dos mais recentes projetos da UDIPSS Porto: «Social Digital - Incluir a Comunicação» é uma ação que visa dotar, a baixo custo (apenas o custo do domínio) as IPSS associadas de um portal na internet, o que passou a ser obrigatório com a publicação do Decreto-lei 172-a/2014 de 14 de Novembro; a «Cálculo 3S – Sociedade de Contabilidade, Unipessoal, Lda» é uma empresa fundada pela UDIPSS Porto com o propósito de assessorar as instituições do distrito na área da contabilidade e da fiscalidade; «Bootcamp em Empreendedorismo Social, é uma iniciativa a realizar nos dias 7, 8 e 9 de Abril, no Porto, e para o qual a União Distrital vai atribuir 36 bolsas, cabendo a cada participante o pagamento de apenas 70 euros.
Sara Garrido apresentou ainda o novo sítio na internet da UDIPSS Porto cuja renovação pretende criar uma maior ligação e interação com as instituições associadas, bem expressa na área denominada «Ser IPSS».
No encerramento dos trabalhos, o presidente da UDIPSS Porto, padre José Baptista, lançou um desafio a todos os presentes, dizendo: “Não tenhamos receio de empreender”.

P.V.O.

 

Data de introdução: 2016-02-23



















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