Um relatório da direcção nacional da Polícia de Segurança Pública divulgado esta terça-feira na Assembleia da República nega que tenha existido qualquer «arrastão» na praia de Carcavelos, a 10 de Junho, como inicialmente foi avançado pelas forças policiais.
«Verifica-se que as primeiras informações fornecidas que davam conta de um enorme arrastão a ocorrer na praia de Carcavelos não se confirmaram», refere o relatório elaborado pela PSP para o Ministério da Administração Interna (MAI).
O relatório, enviado para o MAI a 12 de Julho, foi desclassificado e apresentado na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias pelo Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, José Magalhães, adianta o Diário Digital.
Inicialmente, o comando metropolitano da PSP de Lisboa caracterizou as ocorrências na praia de Carcavelos como «uma onda de criminalidade» levada a cabo por «cerca de 500 indivíduos negros», recorrendo ao método «conhecido como arrastão».
«Os elementos ora apurados, em conjugação com as imagens recolhidas, não configuram, contudo, qualquer situação de arrastão, caracterizado este como vulgarmente é conhecido no Brasil, em que um grupo de indivíduos assalta os banhistas, retirando-lhes pela força os bens que possuem«, prossegue o documento.
Data de introdução: 2005-07-25