ELEUTÉRIO ALVES, VICE-PRESIDENTE DA CNIS

A Festa da Solidariedade é um momento alto na promoção e defesa dos interesses das IPSS

A Festa da Solidariedade é já uma tradição da CNIS. Qual a importância desta iniciativa nos tempos que correm?
A Festa da Solidariedade completada com a Chama da Solidariedade foi um evento iniciado nos mandatos do padre Lino Maia que rapidamente se constituiu como uma marca da CNIS no Sector Social Solidário. É interessante que não é a direção da CNIS que escolhe o local da festa. A escolha é por candidatura das Uniões, normalmente por disponibilidade de uma delas, e isto mostra o interesse que a iniciativa desperta. Junta dezenas de instituições, milhares de participantes e é um momento alto na promoção e defesa dos interesses das instituições, porque ao longo de um mês fala-se de um sector que cada vez mais merece o reconhecimento de todos pelo seu papel na construção de um país mais solidário e de uma sociedade mais feliz. Serve também para mostrar as boas práticas que diariamente as IPSS disponibilizam para que os serviços que prestam sejam de qualidade e úteis às populações.

A escolha de Vila Real para a 13º edição tem alguma justificação específica?
Vila Real foi escolhida por vontade da União Distrital que manifestou disponibilidade e gosto em partilhar com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade a realização da Festa numa região que também ela se afirma prelos valores da solidariedade, da igualdade e da justiça social.

Qual é o figurino desta Festa?
Esta Festa decorre em dois tempos, com a Chama da Solidariedade que percorre todos os concelhos do distrito, entre os dias 10 de maio e 6 de junho com início em Valpaços, e a Festa em recinto público na cidade de Vila Real no dia 7 de junho a partir das 10h00. Tem havido um grande apoio das autarquias e das instituições locais na organização das atividades concelhias da Chama e esperamos ter em Vila Real no dia 7 de junho uma grande representação nacional de IPSS.

Há um seminário programado para o dia 7 de junho. Qual é o tema?
A pedido da União Distrital, a CNIS escolheu o momento da Festa deste ano para organizar um seminário já programado no Plano de Atividades, aproveitando a oportunidade de muitos dirigentes e técnicos se deslocarem para a Festa, poderem durante a manhã participar num encontro onde se abordem as dificuldades que as IPSS sentem, para conciliar a sua missão de apoio e os valores que defendem e estão obrigadas a promover, com a sustentabilidade financeira que cada vez é mais frágil porque cada vez mais os custos das nossas obrigações aumentam e as receitas dos nossos apoios diminuem. Por isso escolhemos o tema: «Garantir os valores com sustentabilidade financeira - Desafios para as Instituições».

Alguma razão especial para que se faça esta iniciativa nos dias da semana?
A Festa começou por ser num sábado, mas vimos verificando que cada vez se torna mais difícil mobilizar instituições, utentes, colaboradores e dirigentes ao fim de semana. Num dia útil, as instituições estão a funcionar em pleno, os utentes estão nos equipamentos e é mais fácil promover atividades onde todos possam participar sem ter necessidade de prescindir dos dias de descanso ou da sua vida familiar.

Que mensagem gostaria de deixar aos leitores do Solidariedade?
Apenas uma mensagem de esperança e que os cidadãos e famílias continuem a acreditar no trabalho que as IPSS fazem diariamente para que os mais carenciados, os desprotegidos, os excluídos da sociedade, todos aqueles a quem a vida tem trazido dificuldades, desânimo e abandono possam também ter acesso a uma existência digna e feliz, porque nas IPSS não esquecemos que a pessoa é o centro do nosso mundo.

 

Data de introdução: 2019-05-09



















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