Três camiões carregados com caixas, com um total de 700 mil equipamentos de proteção individual (EPI), alguns deles de doação privada, começaram esta segunda-feira a ser distribuídos pelos centros distritais da Segurança Social, que depois os farão chegar aos lares de todo o país.
Numa visita ao Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, garantiu que "o objetivo é chegar a todo o país" e que os EPI "vão ser distribuídos através dos centros distritais de Segurança Social que farão a distribuição pelas instituições sociais". Estas centenas de milhares de equipamentos somam-se aos 200 mil que já foram entregues há cerca de 15 dias.
Por outro lado, a ministra revelou que está em marcha um programa de despistagem da Covid-19 junto dos trabalhadores das IPSS em funções nas ERPI (Estrutura Residencial Para Idosos). O programa começou no final de março e o reforço da capacidade para estes testes foi anunciado no último conselho de ministros: um milhar por dia. No entanto, até agora, foram mais de seis mil os funcionários já testados.
"O programa está em curso. Neste momento, já temos mais de seis mil testes realizados a profissionais dos lares. A prioridade é testes aos profissionais dos lares e utentes que tenham sintomas em lares em que ainda não tenha havido situações de infeção, precisamente para tentarmos prevenir e minimizar o risco de contágio", sublinhou Ana Mendes Godinho, durante a visita ao laboratório militar onde foi acompanhada pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.
Também na habitual conferência de Imprensa sobre a Covid-19, a diretora geral da Saúde, Graça Freitas, se referiu a este programa de testes nos lares e lares residenciais.
"Relativamente aos lares, há uma política de testar rapidamente um lar caso apareça um caso positivo. Há outra linha que passa por testes de rastreio, levado a cabo pelas autarquias. Na zona norte, a expetativa é que no início do próximo mês todos os profissionais dos lares tenham sido testados".
Graça Freitas adiantou que a prioridade dos testes aos profissionais se prende com o facto de estes entrarem e saírem das instituições e poderem ser transportadores do vírus e disseminá-lo no interior das instituições onde trabalham.
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