Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.
JOSÉ CARREIRO, URIPSS Algarve.
1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?
"O Algarve é uma região que não foi a mais castigada pela Covid-19. Desde que começou a situação de Emergência Nacional, a maior parte das IPSS fecharam portas, porque a maioria delas somente têm as respostas sociais de Creche, Jardim de Infância e CATL. Ficaram abertas as ERPI, os Lares Residenciais, os Centros de Acolhimentos para jovens e as Unidades de Cuidados Continuados. Também fecharam os Centros de Atividades Ocupacionais, os Centros de Dias e os Serviços de Apoio Domiciliário. No Algarve somente houve problema numa ERPI, estando nesta altura todas numa fase de testes com resultados negativos".
2 – Como perspetiva o futuro próximo?
"Com o desconfinamento, as IPSS estão a preparar um programa para abertura das respostas sociais que ainda estão encerradas. De salientar que outras instituições com respostas sociais abertas já têm um programa de higienização e equipamentos de proteção individual adquiridos. Para as creches, cujo início de atividade está previsto para o dia 18 de maio, os pais estão a ser consultados para manifestarem o seu interesse na frequência dos seus filhos na resposta social. Sabe-se que muitas das creches não poderão abrir a 18 de maio, porque muito pessoal está em casa a tomar conta dos seus filhos menores. Outras também estão a estudar a possível colaboração do pessoal do Pré-escolar para esse arranque. Muitos problemas irão surgir, nomeadamente quanto à circulação dos pais nos equipamentos, ou seja, é preciso arranjar forma de eles não se encontrarem uns com os outros. Todas as instituições estão a adquirir equipamentos de proteção individual para o pessoal destas respostas sociais. A diminuição do número de utentes por sala será também mais uma preocupação depois do dia 1 de junho, pois está a ser estudado a ocupação de salas do pré-escolar na fase de arranque a 18 de maio".
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