Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.
MARIA DE LURDES POMBO, UDIPSS Castelo Branco.
1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?
"A UDIPSS de Castelo Branco, face à pandemia Covid-19, definiu imediatamente como ia ser o seu apoio às associadas com valências de ERPI, lares residências e apoio domiciliário, as respostas sociais que continuavam em funcionamento. Todos os órgãos sociais da UDIPSS foram envolvidos, dividindo-se para dar apoio de mais proximidade junto de cada uma das três zonas que foram definidas no distrito. E, assim, apoiámos algumas associadas na implementação dos planos de contingência. Não recebendo apoio de nenhuma entidade e esquecidos pelos serviços de saúde, os presidentes das Câmaras de todos os concelhos foram sempre nossos parceiros. Definiram um ou mais espaços em cada concelho para receber utentes dos lares, evitando que fossem para fora da região quando infetados, porque nem todas as IPSS têm espaços disponíveis. Como só a CNIS nos enviou luvas para distribuir aos associados, foi possível obter equipamento de apoio de várias Câmaras Municipais, médicos dentistas e associação de futebol, conseguindo-se atenuar um pouco as despesas das instituições. As Câmaras Municipais do distrito fizeram testes rápidos aos colaboradores de todos os lares. Até hoje não há nenhum lar do distrito que tenham utentes infetados. Felizmente, estamos tranquilos, mas sempre vigilantes".
2 – Como perspetiva o futuro próximo?
"Sentimos que há um olhar diferente do SNS para os lares, o que é importante face ao desconfinamento que se vai iniciar. Com a abertura necessária da economia e serviços exige-se ainda mais de nós e, seguramente, vamos dar o nosso melhor. Considero que os nossos colaboradores também são heróis e merecem palmas".
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