O Instituto de Segurança Social (ISS) e Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinaram, a 4 de setembro, um protocolo de criação de Brigadas de Intervenção Rápida (BIR) que visa garantir que há uma resposta “pronta a intervir” quando as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e Lares Residenciais ficam sem pessoal devido a surtos graves de Covid-19.
Cerca de 400 profissionais vão integrar as Brigadas de Intervenção Rápida que deverão começar a funcionar este mês para dar apoio imediato a lares atingidos por surtos de covid-19, anunciou a ministra da Segurança Social.
Cada distrito terá uma brigada que será composta por uma equipa multidisciplinar. "Serão 18 brigadas nos 18 distritos do país com cerca de 400 pessoas. As brigadas vão ter médicos, enfermeiros, psicólogos e auxiliares de técnicos de lares", explicou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
O objetivo das brigadas é garantir que há uma resposta "pronta a intervir" quando as instituições ficam sem pessoal devido a surtos graves de covid, acrescentou a ministra à margem da assinatura do protocolo de criação das brigadas celebrado entre o Instituto da Segurança Social (ISS) e a Cruz Vermelha Portuguesa, em que esteve presente o presidente da CNIS, padre Lino Maia.
Segundo a ministra, as 18 brigadas terão diferentes dimensões em função dos distritos e do número de instituições que exista em cada região.
"É um instrumento novo para procurar antecipar e reforçar a capacidade para estarmos preparados para o outono", disse, acrescentando que "o objetivo é estas brigadas entrarem em funcionamento ainda este mês".
Sobre a possibilidade de aumentar os elementos das equipas, Ana Mendes Godinho disse apenas que será feita uma avaliação sistemática "à dimensão em função das necessidades".
"Vão ser dias muito duros, muito exigentes", reconheceu por seu turno o presidente do ISS, Rui Fiolhais, acrescentando que "em cada distrito haverá, pelo menos, um médico" das brigadas.
Apoio psicossocial, auxiliares de ação direta, auxiliares de geriatria e de limpeza serão outros dos profissionais presentes nas brigadas que vão estar prontas a agir.
Este projeto pretende "garantir que não chegamos tarde onde temos de chegar cedo", acrescentou Rui Fiolhais, lembrando que estas equipas são apenas mais um instrumento de apoio aos lares preparadas para responder a novos surtos, como os que aconteceram em Reguengos de Monsaraz ou no Barreiro.
A constituição e gestão das BIR é assegurado pela CVP em articulação direta com o ISS, via Centros Distritais, a quem caberá sinalizar prioridades de intervenção e solicitação à CVP para mobilização de equipas que devem manter-se em estado de prontidão para atuarem de imediato após serem acionadas.
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