A resposta de 63 instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ao concurso para apartamentos de autonomização vai permitir quadruplicar o número de jovens nestas estruturas, que em 2019 eram pouco mais de uma centena, indicou o Governo.
No total, são mais cerca de 300 jovens que vão passar a estar abrangidos por essa resposta social, cujo objetivo é apoiar a transição para a vida adulta de jovens institucionalizados.
Segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o aviso aberto em julho pelo Instituto da Segurança Social para apartamentos de autonomização recebeu 63 candidaturas de IPSS.
Com esta adesão, o número de jovens em apartamentos de autonomização poderá passar de 104 em 2019, de acordo com o relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens mais recente, para cerca de 400. Em 2015, este número não ultrapassava os 50.
"Este programa está a gerar muito dinamismo para multiplicar a capacidade de resposta para as situações de transição e de autonomização acompanhada de jovens em perigo", sublinhou a ministra Ana Mendes Godinho, citada em comunicado.
Os apartamentos de autonomização são respostas sociais dirigidas a jovens em perigo, com o objetivo de apoiar a transição para a vida adulta através de medidas de promoção e proteção em casas de acolhimento.
Através desta resposta, os jovens a partir dos 15 anos têm a oportunidade de passar das casas de acolhimento para apartamentos, onde é assegurado um acompanhamento técnico mais próximo, personalizado e promotor de autonomia.
O objetivo, explica o MTSSS, é promover a sua desinstitucionalização, contribuindo simultaneamente para a sua integração na sociedade.
Para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, "é essencial promover a desinstitucionalização, garantindo a estes jovens o início de uma vida autónoma, com integração plena, prevenindo situações de exclusão".
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