Portalegre recebe, no próximo dia 14 de outubro, a XVI Festa da Solidariedade, que transformará o Jardim da Avenida da Liberdade num verdadeiro salão de festas dedicado à solidariedade.
Tendo já percorrido quase todos o distrito de Portugal, em 2023, Portalegre receberá nos seus 15 concelhos o espírito solidário da Chama da Solidariedade, na esperança de que as IPSS do distrito se conheçam e se deem a conhecer melhor.
“Quando demonstrei o desejo de que a Festa da Solidariedade viesse para Portalegre fi-lo por dois motivos: as instituições precisavam de levar um abanão e de perceber que a UDIPSS está com elas; e, em segundo, porque acho que é preciso transmitir a palavra solidariedade às crianças e à população em geral do distrito, para que todos percebam o que se faz nestas casas”, começa por dizer, ao SOLIDARIEDADE, João Carlos Laranjo, presidente da União Distrital portalegrense, sublinhando: “As pessoas só sabem o que se passa nas IPSS quando a necessidade lhes bate à porta. O distrito e o Interior estão ao abandono e esta é uma forma de sermos ouvidos, mesmo que seja pouco, pelo menos tentamos”.
Este é o espírito que tem movido a UDIPSS Portalegre.
“Vamos fazer a Festa aqui, estamos a trabalhar para termos um evento com toda a dignidade, porque as instituições merecem toda a dignidade e a palavra solidariedade não é para brincar. Como a palavra solidariedade é forte, tem de ser tratada com dignidade e, por isso, estamos a dar o nosso melhor para que, entre os dias 9 e 14 de outubro, seja uma semana de festa e de alegria, mas sobretudo que as pessoas, no final, vão para casa cientes de que temos de ser solidários uns com os outros. O país está a passar por momentos muito difíceis. Há muita gente que quer esconder, outros querem fingir que não existem problemas, mas existem problemas graves que as instituições vão atenuando a troco de nada. Muitas refeições são servidas pelas instituições gratuitamente, porque há muita pobreza escondida! E, por isso, temos todos de ajudar. E é por tudo isto que a Direção da UDIPSS achou que era importante trazer a Festa da Solidariedade para Portalegre”.
Por isso, na programação do evento, a passagem por todos os concelhos do distrito foi uma prioridade, estando agendadas visitas aos 15 concelhos.
A saber:
Dia 9/10/2023
10h00 – Sousel – Chegada – Praça do Município
15h00 - Avis – Chegada – Largo do Convento
18h00 – Ponte de Sor – Chegada – Cine Teatro Ponte de Sor
Dia 10/10/2023
10h00 – Fronteira – Praça do Município
15h00 – Alter do Chão – Chegada Largo Barreto Caldeira
18h00 – Monforte – Chegada – Praça da República
Dia 11/10/2023
10h00 – Elvas – Chegada Praça da República
15h00 – Campo Maior – Chegada – Av. da Liberdade, junto à estátua do Comendador Rui Nabeiro
18h00 – Arronches – Chegada – Praça da República, frente aos Paços do Concelho
Dia 12/10/2023
10h00 – Gavião – Chegada Casa do Povo de Gavião
15h00 – Nisa – Chegada Praça do Município
18h00 – Crato – Chegada Praça do Município
Dia 13/10/2023
10h00 – Marvão – Chegada Largo de Santa Maria
15h00 – Castelo de Vide – Chegada Paços do Concelho
18h00 – Portalegre – Chegada Paços do Concelho
Dia 14/10/2023
14h30 – Festa da Solidariedade
Chegada da Chama Solidária - Jardim Avenida da Liberdade - Portalegre
Sobre a adesão do Municípios à iniciativa, João Carlos Laranjo revela que “foi total”.
“Assim que estabelecemos as datas, fizemos um cronograma para podermos visitar os 15 concelhos, o que não é fácil e vai ser uma correria, mas quisemos ir a todos. Das reuniões que tive com todos os presidentes de Câmara a adesão foi total e já fizemos uma reunião na cidade de Portalegre, para a qual foram convocadas todas as 111 instituições do distrito, associadas e não associadas. Estiveram presentes cerca de 20%! Costumo dizer na brincadeira que se fosse para dar dinheiro tinha a casa cheia, mas como era para conversar… São as dificuldades de associativismo que as IPSS têm. Entretanto, houve uma reunião, convocada pela autarquia de Ponte de Sor, e aí a conversa foi diferente, tendo comparecido as instituições todas do concelho. O formato é este, entre as Câmaras, as IPSS e a UDIPSS vai desenhar-se o modelo da festa em cada concelho, sem imposições de espécie alguma”, revela o presidente da UDIPSS Portalegre.
No dia 14, a Festa da Solidariedade arranca com a chegada ao Jardim da Avenida da Liberdade, bem no centro de Portalegre, seguindo-se o habitual momento institucional, com os discursos da praxe, seguindo-se a atuação de alguns grupos musicais, mas não só…
“A Festa vai decorrer no Jardim da Avenida da Liberdade, que é simpático e agradável. Ainda temos que avaliar se vêm alguns grupos de fora para atuar, mas do distrito estamos a pensar trazer um rancho, alguns grupos musicais e também grupo que há em certas instituições, como as Universidades Sénior, que costumam ter grupos corais, para animar as hostes. Depois, haverá uma zona de stands, onde cada concelho terá o seu espaço e as instituições podem mostrar o que fazem dentro de portas. Quem se deslocar a Portalegre por altura da Festa pode matar o tempo visitando alguns dos bons museus que existem na cidade. Os visitantes podem ir à Casa de José Régio, à Fábrica das Tapeçarias, ao Museu Municipal ou à Sé Catedral. Vamos tentar trazer o máximo de idosos que pudermos, porque estes são sempre momentos diferentes no seu dia-a-dia e o convívio é algo que lhes faz muito bem, mas também vamos instalar equipamentos para as crianças se divertirem, como jogos e insufláveis”, adianta João Carlos Laranjo, que ainda tem o desejo de que a chegada da Chama da Solidariedade ao recinto da Festa seja escoltada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Portalegre, um grupo de motards e um outro de equitação.
“Os cavalos dão sempre um ar imponente às cerimónias”, refere João Carlos Laranjo, que deixa um convite a todos: “A solidariedade é o que pode e deve fazer as pessoas virem a Portalegre. Associarem-se para fazermos uma espécie de introspeção e meditarmos. Depois, esta é uma região que deve ser visitada, pelo que venham, pois estamos a fazer tudo para que possam ter uma boa estadia. Venham que os receberemos de braços abertos e todos são bem-vindos”.
Pedro Vasco Oliveira
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