A Festa da Solidariedade está a chegar a BRAGANÇA. Com a novidade de ser a uma sexta-feira, no dia 27 de setembro, a XVII Festa visita a terra de Eleutério Alves, vice-presidente da CNIS, o organizador de todas as edições. Para se completar a volta ao Portugal solidário faltam os distritos de Aveiro, Leiria, Beja e Braga, sendo que houve uma festa, Barcelos, que não coincidiu com a sede distrital. Como sempre, a Chama andará pelos concelhos, nos dias anteriores a convocar para o momento alto, o encerramento da iniciativa da CNIS, na Praça Camões, em Bragança no dia 27 de setembro.
A primeira Festa da Solidariedade aconteceu em 29 de Setembro de 2007, em LISBOA, na Quinta da Bela Vista. Perto de cinco mil pessoas participaram, no evento que se transformou numa tradição do Sector Social Solidário.
No ano seguinte a festa mudou-se para BARCELOS. No dia 27 de Setembro de 2008, milhares de pessoas, entre as quais, dirigentes, funcionários, utentes, familiares e amigos das IPSS, estiveram no Campo da Feira para um dia de convívio, fraternidade e animação com exibições amadoras apresentadas por idosos, reformados, deficientes, jovens e crianças.
A 19 de Setembro de 2009, a festa chegou a VISEU. Participaram alguns milhares de pessoas, representando cerca de 100 IPSS.
CASTELO BRANCO cumpriu a tradição em 25 de Setembro de 2010. Nas Docas, o ambiente foi de festa, convívio, partilha de experiências entre dirigentes, funcionários, utentes e familiares das IPSS de todo o país. Mais uma vez a Festa cumpriu os objetivos. E a Chama também.
Em 2011, no CNEMA, em SANTARÉM, a Festa mudou de figurino e de datas. Em vez do verão realizou-se nos dias 20 e 21 de Maio. A Festa prolongou-se por dois dias e incluiu o encerramento do congresso “Rumo Solidário para Portugal” que decorreu em paralelo.
Em 2012, no dia 6 de Outubro decorreu em FARO, no Jardim Manuel Bívar, o encontro anual de representantes das Instituições Particulares de Solidariedade Social. Foi a sexta edição da iniciativa anual da CNIS.
Depois do extremo sul de Portugal, a Festa da Solidariedade volta a subir no mapa e sedeou-se, em 2013, na cidade mais alta de Portugal: a GUARDA, no Parque da Cidade.
A oitava edição ocorreu nos dias 06 e 07 de Junho de 2014, no PORTO. O Congresso “Solidariedade: Novos Caminhos, Valores de Sempre” foi a principal novidade da Festa da Solidariedade.
Em 2015, a organização da Festa da Solidariedade escolheu em ÉVORA, na Praça do Giraldo, no dia 12 de Setembro.
Pelo décimo ano consecutivo, em 2016, a CNIS promoveu a X Festa da Solidariedade em COIMBRA, onde marcaram presença, para além de muitos dirigentes da CNIS e do poder político, muitas IPSS de norte a sul do País. Na Praça do Comércio, decorreu o convívio e partilha entre as instituições sociais do país, envolvendo a participação de mais de duas centenas de instituições, muitas delas oriundas do distrito de Coimbra, mas também do resto do país.
Em 2017 a Festa atravessou pela primeira vez o oceano e viajou até à MADEIRA. Nos dias 1 e 2 de Junho, de 2017, a XI Festa da Solidariedade decorreu na Região Autónoma da Madeira com inúmeras representações de IPSS do Continente que marcaram a sua presença.
SETÚBAL foi a cidade escolhida para receber a edição 2018 da Festa da Solidariedade, no dia 9 de junho, na Praça José Afonso.
A XIII Festa da Solidariedade tomou conta da praça do município de VILA REAL no dia 7 de junho de 2019, recebendo a Chama que calcorreou o distrito durante um mês. O seminário «Garantir os valores com sustentabilidade financeira - Desafios para as Instituições» preencheu a manhã e a animação de palco, com a participação de várias IPSS, tomou a tarde e o princípio da noite.
E em 2020 a pandemia de Covid-19 interrompeu o curso de edições da Festa da Solidariedade. A 14ª edição teve de ser adiada um ano para a sua realização em segurança. Teve lugar nos AÇORES, no mês de outubro, de 6 a 9, de 2021, nas Ilhas de S. Miguel e na Terceira. O Governo Regional e os presidentes das Câmaras de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Praia Vitória acolheram de braços abertos e de forma segura a iniciativa solidária.
De regresso ao continente foi a cidade de VIANA DO CASTELO a receber, no dia 24 de setembro de 2022, a XV Festa da Solidariedade, no Jardim da Marginal de Viana do Castelo, dando prioridade aos momentos de partilha entre as IPSS e a comunidade e, usando a alegria como traço dominante no evento.
Em 2023 foi a vez de PORTALEGRE. A Chama da Solidariedade passou pelos 14 concelhos do distrito do Alto Alentejo e reuniu na cidade de Portalegre não só muitos representantes de diversas instituições do distrito, mas também muitas das entidades oficiais da cidade, tal como vários autarcas, dirigentes da CNIS e ainda a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
ELEUTÉRIO ALVES, ORGANIZADOR DA FESTA DA SOLIDARIEDADE
A XVI Festa da Solidariedade vai ser em Bragança. Esta, pelo facto de ser a sua terra, vai ser ainda mais especial?
Não, as Festas merecem da CNIS o mesmo empenho e determinação independentemente do distrito onde se realizam. E temos tido bons momentos da Festa da Solidariedade, que nos orgulham enquanto promotores. Este ano em Bragança, para mim facilita um pouco porque é um distrito onde quer eu, quer a UIPSSDB, conhecemos quase todos os responsáveis institucionais, públicos e privados.
Há mudanças no figurino desta Festa?
Há de facto uma pequena mudança que nos foi sugerida localmente: o dia da Festa é uma sexta-feira, dia em que a cidade está a trabalhar, há maior oportunidade para quem quiser participar o poder fazer. Outra particularidade é que a Chama depois de percorrer todos os concelhos chega a Bragança ao fim da tarde de quinta-feira e à noite haverá um sarau recreativo oferecido aos trabalhadores, dirigentes e famílias, como manifestação de reconhecimento e gratidão pelo seu empenho na construção de uma sociedade melhor e mais igual.
O que destaca do programa da XVII Festa da Solidariedade?
Todos os momentos vão ser marcantes, dentro da sua dimensão geográfica e demográfica, mas a tarde e a noite do dia 26 e o dia da Festa 27 de Setembro, serão aqueles onde esperamos uma maior adesão e participação de IPSS e da comunidade.
Qual a importância desta iniciativa para a CNIS e para o país?
Para a CNIS, esta Festa é já um ponto alto do nosso Plano de Atividades anual e uma marca distintiva na nossa missão de promover os interesses das associadas e de todo o sector social.
A Chama da Solidariedade, que integra este evento, que percurso vai fazer?
A Chama da Solidariedade vai começar no dia 23 às 10H00 na cidade de Mirandela, e está programada para percorrer três sedes dos doze concelhos por dia, terminando em Bragança dia 26 ao fim da tarde.
Que significado tem a Chama da Solidariedade?
A Chama da Solidariedade tem como objetivo a promoção e a divulgação da Solidariedade através dos seus agentes dinamizadores que são as IPSS. Procura também envolver toda a comunidade, famílias, instituições, escolas, sector empresarial, poder local, enfim trazer até ao nosso sector todas as boas-vontades de cada comunidade e mostrar-lhes o que de melhor se faz no nosso dia a dia.
A autarquia de Bragança e as IPSS do distrito estão a cooperar, como de costume, na iniciativa?
Sem dúvida, temos tido uma boa aceitação das autarquias para connosco participarem nas atividades e tem sido um grande estímulo todo o incentivo e apoio que recebemos do Poder Local. O município de Bragança tem garantido um esforço logístico e financeiro que merece um relevo especial e será determinante para o sucesso da Festa na cidade.
Contam com pa
rticipação de IPSS de todo o país?
A Festa é nacional, estão todas as IPSS convidadas e temos já diversas inscrições de IPSS de fora do distrito que aqui se deslocam para partilhar a sua cultura e os seus saberes com a comunidade de Bragança.
Estão previstas participações políticas relevantes?
Como habitualmente a CNIS convida o governo a fazer-se representar nas nossas Festas. Temos já garantida a presença da Senhora Secretária de Estado da Acão Social, Drª Clara Marques Mendes, esperamos ter a presença da Senhora Ministra do Trabalho e Segurança Social e enviaremos convite pessoal ao Senhor Primeiro Ministro para nos honrar com a sua presença nesta Festa tão social e tão popular.
Qual vai ser a animação?
A animação da Chama da Solidariedade vai ser promovida localmente em cada concelho, pelos seus agentes culturais, em Bragança haverá animação vinda de várias partes do país, animação por grupos locais, quer de IPSS quer de outros participantes que solidariamente se juntam à Festa. A animação é uma oferta à comunidade de Bragança.
É uma iniciativa que tem como objetivo atrair públicos diferentes?
Esta iniciativa atrai mesmo muitos públicos, de grupos etários diferentes, de escolas, do mundo do trabalho, da cidade e do mundo rural, num ambiente de fraternidade, de alegria, de partilha, de encontros, enfim tempo de vivências, de memórias e de esperança.
Que mensagem gostaria de deixar aos leitores do jornal Solidariedade?
O voluntariado é um dos maiores valores da cidadania. Ser voluntário no sector social é contribuir para que ninguém fique afastado dos seus direitos de cidadão. Ser voluntário é dar mais sentido á nossa vida.
Esta é uma iniciativa que tem, desde o início, a sua assinatura. Em Bragança isso vai ser mais evidente?
Bragança tem uma excelente equipa da UIPSSDB a trabalhar para o sucesso da Festa.
E vai ser esse trabalho
de equipa, sem vaidades pessoais, mas antes com sentido coletivo que vai marcar esta Festa. A Festa não é de ninguém, é da CNIS e de todo o seu universo solidário.
PAULO JORGE XAVIER, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA
Que expectativas tem em relação à realização da Festa da Solidariedade em Bragança?
Antes de mais quero agradecer a escolha de Bragança para receber a Festa uma iniciativa de caráter nacional. A expectativa é boa. Primeiro, pela descentralização e inclusão, que é a própria CNIS, com a colaboração da UD, um trabalho conjunto com as diversas entidades e forças de segurança, no sentido de tornar esta festa um evento da comunidade, uma festa da solidariedade verdadeira. Bragança, em particular, está ciente de que vai fazer o seu melhor, com uma receção calorosa no Teatro Municipal e, no dia seguinte, com diversas manifestações da própria comunidade com inúmeras atividades. Penso que a Festa vai ser um momento alto, dando a possibilidade para as pessoas olharem para Bragança. É essa descentralização que a CNIS faz na inclusão. Este será também um reforço da ideia do todo nacional. E a passagem da Chama por todos os concelhos do distrito é uma forma de dar visibilidade ao interior e daqui mostrar às grandes urbes que também sabemos mostrar as nossas potencialidades e também as fragilidades. E esta iniciativa pode ir mais além, porque dá o sinal de pertença, um sinal importante para o contexto nacional. Aliás, é um excelente momento de passar a ideia do todo nacional. É isto que se pretende desta descentralização e a CNIS ao fazê-lo penso que tem como objetivo essa ideia de todo nacional. É sempre um bom momento para dizer ao todo nacional que o interior também pertence.
Dá-lhe mais “garantias” que os dois principais responsáveis pela organização da Festa, Eleutério Alves, vice-presidente da CNIS, e Paula Pimentel, presidente da UIPSSDB, sejam duas pessoas que o município distinguiu recentemente?
O Dr. Eleutério Alves, um homem ligado à ação social há muitos, muitos anos, é um homem que deu muito de si a fazer o bem. Por isso, a distinção é merecida, porque pelo bem que fez é bem merecido. Poderia dizer que ele está de parabéns, mas não, digo antes que Bragança está de parabéns por ter um homem como ele a fazer ação social. A doutora Paula Pimentel, além de ser uma técnica com uma valorização excelente, com um rigor extraordinário e em que a preocupação primeira é o bem-estar da população, também tem pergaminhos como presidente da UIPSSDB. E por este contexto tão grande também foi reconhecida pelo município por ser uma mulher de armas, de saber e de querer fazer, uma verdadeira transmontanas a fazer o bem pela sua população.
Qual é a mensagem para esta Festa?
Se por um lado esta jornada pretende ser a festa da solidariedade e da fraternidade, queremos muita diversão, onde as IPSS possam mostrar à comunidade as suas boas práticas no fazer o bem, mas por outro, darmos a ideia de que o SSS é fundamental na promoção da paz e harmonia junto das nossas populações. E dar também a ideia de que o pilar do município é efetivamente a ação social. As várias problemáticas que aparecem no nosso quotidiano, as nossas IPSS e associações de solidariedade social têm tido um trabalho profícuo na resolução desses problemas, sejam na infância, na terceira idade ou na área da deficiência.
PAULA PIMENTEL, PRESIDENTE DA UIPSSDB
Como tem sido colocar a XVII Festa e Chama da Solidariedade em marcha?
Tem sido uma alegria e, ao mesmo tempo, alguma angústia, porque queremos que seja uma edição de sucesso. No caso, queremos que o distrito de Bragança acolha da melhor forma quem nos queira visitar e esperamos que sejam muitos os visitantes e tudo estamos a fazer para que isso seja possível.
Como foi a abertura dos municípios, em especial por causa da Chama?
Era ponto de honra a Chama passar por todas as sedes de concelho do distrito e, desde início, tentámos chegar a todos os municípios. Inclusivamente, tivemos oportunidade de participar numa reunião da CIM Trás-os-Montes, na qual estão nove municípios, e houve logo abertura e motivação para colaborarem. Bragança tem sido a grande parceira na organização e até agora tem estado sempre a responder favoravelmente aos nossos pedidos.
Pode fazer uma breve apresentação?
Queremos passar por todas as sedes de concelho, mas pretendemos que a Chama chegue a Bragança na tarde de quinta-feira, dia 26, fazer um percurso com as várias entidades, instituições e comunidade local, e que a chegada seja um momento forte.
A noite de quinta-feira será dedicada aos trabalhadores e dirigentes das IPSS, familiares e demais entidades parceiras das instituições. Este grupo de pessoas precisa de um incentivo, de um reforço, de uma palavra de estímulo, do reconhecimento e de um momento de descontração. Os nossos utentes têm os dias todos com momentos de festa. Na passagem da Chama pelas diferentes sedes de concelho, independentemente da sua dimensão em termos número de instituições e populacionais, será dedicado o mesmo tempo a cada uma delas. Todos merecem ter a Chama e o momento de festa.
Depois na sexta-feira, a cidade de Bragança vai acolher, ao longo do dia, a Festa da Solidariedade. Vamos querer ter o palco sempre com atuações dos grupos participantes e, acima de tudo, partilhar momentos de convívio com todas as IPSS associadas e não associadas, diferentes entidades e população em geral.
Como está a ser a adesão das IPSS?
As instituições têm-se mostrado muito abertas e algumas até acham é que é pouco tempo o que a Chama vai estar nos seus concelhos. Para se conseguir passar em todos os concelhos, tem de ser assim.
Quer deixar uma mensagem?
A Festa da Solidariedade simboliza um importante momento de união, valorização e reconhecimento de todas as IPSS e do trabalho que desenvolvem em prol da sociedade. Cabe à União das IPSS do Distrito de Bragança (UIPSSDB) a honrosa missão de organizar esta grande Festa e é com sentido de responsabilidade e muita alegria que a equipa organizadora está a preparar cada detalhe para transformar este evento num encontro de amizade, de partilha, de felicidade, onde gostaríamos de ver presentes todas as IPSS. O distrito de Bragança é bem conhecido pelas características hospitaleiras das suas gentes, pela excelência da gastronomia, pelas fantásticas paisagens e riquíssimo património. Desenhámos um programa que, estamos certos, vai honrar a nossa terra e vai, acima de tudo, garantir que esta Festa, que acontece em Bragança, mas é do país, vai ser um momento memorável para todos nós.
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