A 15 de janeiro, a CNIS assinala o 44º ano da sua fundação, no ido ano de 1981, ainda sob a designação de UIPSS. A necessidade de o sector se fazer ouvir a uma só voz mobilizou os fundadores e, desde então, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade tem pugnado por “defender e promover o quadro de valores comum às Instituições Particulares de Solidariedade Social”, em concreto: preservar a identidade das IPSS; acautelar a autonomia das instituições; desenvolver e alargar a base de apoio da solidariedade; representar, promover e assumir a defesa dos interesses comuns das IPSS; coordenar a atividade das associadas relativamente a quaisquer entidades públicas e privadas; promover o desenvolvimento da ação das instituições e apoiar a cooperação entre as mesmas; ou ainda contribuir para o reforço da organização e do papel de intervenção das instituições no seio das comunidades.
No sentido de assinalar o 44º aniversário, o habitual Dia da CNIS realiza-se, no dia 15 de janeiro, no Auditório Carvalho Guerra, na Universidade Católica, no Porto, com uma manhã (das 9h30 às 13h30) dedicada à reflexão e ao debate sobre o tema «Dirigentes das IPSS. Desafios, Direitos e Deveres».
O objetivo é juntar as associadas, “numa instância de reflexão comum e partilhada sobre o estado de saúde das IPSS e sobre os constrangimentos que ensombram a sua atividade e ameaçam o ânimo dos seus dirigentes”, como refere o padre Lino Maia numa nota dirigida a todas as instituições associadas.
“A comemoração tem como tema «Dirigentes das IPSS. Desafios, Direitos e Deveres». Escassos são os direitos; alargados, os deveres”, lamenta ainda o presidente da CNIS, acrescentando: “E o principal desafio é o de sempre: assegurar a sustentabilidade das IPSS que dirigem – que atribuem prestações públicas, mas sem o conforto do Orçamento de Estado para cobrir o défice”.
“A linguagem dos poderes públicos parece acompanhar as nossas preocupações, prometendo o reforço do Estado Social, garantindo atenção às condições de sustentabilidade às instituições de solidariedade, jurando sobre o Pacto de Cooperação e os seus critérios de equidade quanto às comparticipações da Segurança Social, assegurando previsibilidade e estabilidade de gestão pelos dirigentes das instituições, acenando com a futura aprovação de uma Lei de Financiamento do Sector Social”, escreve ainda o presidente da CNIS, rematando com um alerta: “Mas as boas intenções tardam na consistência prática; e os défices das contas de exploração não são anulados com promessas”.
O Encontro do Dia da CNIS inicia-se, pelas 9h30, com a introdução por parte do moderador da sessão José Carlos Batalha, presidente da Mesa da Assembleia Geral da CNIS, seguindo-se a intervenção do padre Lino Maia, presidente da CNIS, sobre o tema «Dirigentes das IPSS. Desafios, Direitos e Deveres», ao que se seguirá um período de debate. O encerramento do encontro está previsto por volta das 12h30 com a leitura das conclusões do encontro.
A entrada é livre, mas sujeita a inscrição AQUI.
A intenção da celebração do Dia da CNIS com uma manhã de reflexão e debate para dar algum respaldo institucional aos dirigentes das IPSS e suscitar a sua participação, num local onde possam colocar as suas preocupações, anseios, desejos e desafios e sentir que não estão só na luta diária para manterem as suas instituições sustentáveis.
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