Para comemorar os 25 anos de vida o Chapitô, de Lisboa, exibe 25 fotografias em 25 estações do Metro, até ao dia 25 de Dezembro. «25 anos, fotografias e estações de metro», assim se chama o evento, uma iniciativa em conjunto com a revista Cais e o Metropolitano de Lisboa. A ideia pretende, por um lado, provocar o olhar de quem passa e, por outro, sensibilizar a opinião pública para o trabalho que esta IPSS especial tem desenvolvido.
No site da instituição, ainda em construção, o Chapitô é definido por Teresa Ricou, fundadora e presidente da direcção, como uma casa do dom e da troca. “O Chapitô é um projecto em que a Formação, a Criação, a Animação e a Intervenção promovem, dia a dia, cruzamentos múltiplos. Somos uma retaguarda cultural e uma vanguarda humanista.
É da sua história (delicada, complexa, irreverente) incluir para formar; formar para profissionalizar; profissionalizar para activar a sociedade civil com as artes. O Chapitô é uma casa suficientemente grande para nos receber a todos, ancorados na solidariedade da festa, e suficientemente pequena para abrigar cada um de nós”.
O Chapitô surgiu em 1981 como projecto de ensino das artes circenses. Anos mais tarde assumiu um carácter de intervenção social junto de camadas jovens desfavorecidas, sempre perseguindo o princípio da reinserção pela arte, que é o traço distintivo da instituição particular de solidariedade social.
Situado na Costa do Castelo, em Lisboa, o Chapitô é uma organização não governamental para o desenvolvimento (ONGD) e tem os estatutos de superior interesse social e superior interesse cultural. Tem valências na acção social, na formação e na cultura. Tem um protocolo com o Ministério da Justiça para a integração de jovens, desenvolvido no centro educativo da Bela Vista e Navarro de Paiva, tem ATL, centro de acolhimento e animação para a infância que recebe crianças dos oito meses até aos seis anos, vindas da comunidade e de colaboradores do Chapitô.
A imagem de marca é a Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo, para a área da formação na área do espectáculo, onde coexistem vários cursos de expressão dramática, técnicas circenses, malabarismo, caracterização, e muitos outros que também estão disponíveis ao público.
O Chapitô é ainda sinónimo de teatro. Tem uma companhia onde estimula a criação e experimentação artísticas. Um bom exemplo foi o lançamento da iniciativa «25 anos, fotografias e estações de metro», na estação de metro do Cais do Sodré. Os alunos do Chapitô representaram de forma satírica a inauguração da exposição, fazendo o papel de VIP’s, “inauguradores oficiais”. Para além do teatro a intervenção cultural abrange áreas de actividade de novo circo, teatro, música, dança, encontros temáticos, mostras de vídeo e ciclos de cinema.
O Chapitô está disponível para fazer apresentação de espectáculos de animação de diferentes tipos. É uma forma de angariação de fundos para a instituição, mas também uma maneira de integrar os jovens no mercado de trabalho.
Neste Natal, como todos os anos, o Chapitô vai estar particularmente activo na animação da cidade de Lisboa com os palhaços e a música, numa permanente homenagem à sua fundadora e actual presidente, Teresa Ricou, conhecida por mulher-palhaço, também conhecida por Tété, tem 58 anos e continua a ser uma “rebelde”. Teresa foi ardina, hospedeira, candongueira e chegou a fazer anúncios à Colgate.
O Chapitô está de parabéns!
Data de introdução: 2006-12-07