ANO NOVO...VIDA QUÊ ?

O bom povo bem diz: “Ano Novo, Vida Nova”; porém, e sem querer ser pessimista nem velho do Restelo, receio bem que 2007, um ano que tem sido anunciado como o início consistente de uma retoma económica e de um afrouxar do aperto do cinto nas vidas de milhões de portugueses, especialmente dos que vivem apenas dos rendimentos do seu trabalho, se venha a revelar uma desilusão!
“Ano Novo...Vida quê?” significa uma interpelação a quem tem responsabilidades políticas, económicas, sociais e até religiosas, no sentido de “centrar a acção governativa e a responsabilidade social” na VIDA e no BEM-ESTAR SOCIAL de cada cidadão, enquanto “sujeito de direitos de cidadania” e não apenas ou sobretudo como um “exemplar contribuinte” ao serviço do crescimento económico e da redução da despesa pública, seja a que preço for!
A sociedade portuguesa está em transformação. Ninguém poderá ficar indiferente às profundas mudanças que o actual governo tem introduzido aos mais variados níveis. A governação tem sido a doer. Tem tocado a todos, mais por aqui mais por ali, renunciar a direitos e partilhar renúncias, na esperança de que o seu contributo de cidadania possa vir a repercutir-se, no prazo máximo de dois anos, numa melhor qualidade de vida e bem-estar social para toda a gente.
Anda no ar muita expectativa, alicerçada em promessas feitas a troco de sacrifícios pedidos em nome do bem comum para todos os portugueses.
O Governo tem revelado coragem, um rumo, tem dado sinais positivos no sentido da moralização de vida pública. Oxalá o rumo vá na boa direcção!

Será caso para se dizer: “desta vez, ou vai ou racha”.
Nem nos passa pela cabeça que possa “rachar”...tem mesmo de acontecer o milagre da transformação do país numa pátria que volte a ser querida e respeitada.
Se, por um grande azar, este Governo não conseguir oferecer razões para a esperança, a muito curto prazo, aos portugueses, o povo que tem sido relativamente sereno, poderá sair à rua a clamar pelo cumprimento do “D” de Desenvolvimento que lhe foi prometido em Abril de 1975.
O mal é que sem Desenvolvimento, a Democracia poderá ficar em risco.
É uma questões de “DD” que, se não forem bem soletrados...poderão dar um pontapé na gramática da governança e questionar o próprio Estado, podendo cair na tentação de o desacreditar e até substituir, sem ninguém saber bem por quem!
Oxalá tudo corra bem, de forma podermos dizer como o bom povo: Ano Novo, Vida Nova!

 

Data de introdução: 2007-01-07



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...